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20 | II Série A - Número: 035 | 13 de Janeiro de 2007

Alto forro de azulejos do modelo de «maçaroca de milho» reveste os paramentos da nave, incluído o pano do coro, este construído em período avançado do século XVIII, com pesada balaustrada marmórea.
Seis capelas laterais abrem-se nos lados da nave. do lado do Evangelho encontram-se o Altar de Santa Teresinha do Menino Jesus, o Altar de Nossa Senhora da Conceição e o Altar de S. Pedro. Do lado da Epístola localizam-se a Capela de Nossa Senhora do Carmo, a Capela do S. Sacramento e o Altar de Nossa Senhora de Fátima.
Ao fundo da nave situa-se a Capela-Mor, de planta quadrangular, curioso exemplar de arquitectura portuguesa do estilo barroco, igualmente gizado no plano primitivo dos alvores do século XVII. Esteve outrora forrado nos alçados com azulejos policromos semelhantes aos do corpo da nave, retirados na época de D. João V, por volta de 1730, e substituídos, em parte pela profusa e rica combinação de elementos calcários da região.
A Capela-Mor é antecedida por um belo arco triunfal, redondo, de pilastras, delicado trabalho de marmorista.
Merecem ainda destaque as sacristias do templo, sobretudo a da sede da freguesia, preciosa sala do último terço do século XVIII, situada na ilharga ocidental da abside do templo, que substitui a primitiva dos Freires de Avis, aberta na face oposta.

12 — Igreja do Real Convento das Servas: A Igreja do Real Convento das Servas, classificada como Imóvel de Interesse Público segundo o DecretoLei n.º 33 587, de 27 de Março de 1944, é um templo do século XVI que ocupa toda a zona oriental de um grande bloco monástico (antigamente habitado por freiras franciscanas de Santa Clara), que inclui um claustro de grandes dimensões, um dos maiores do País. Quando o convento foi fundado em 1606, já existia a Igreja.
A Igreja do Real Convento das Servas, inspirada na Igreja da Esperança em Vila Viçosa, tem, como determinava a regra franciscana, as portas públicas laterais, traçadas ao eixo do edifício. Estas amplas portas, de ombreiras rectas e frontões triangulares em mármore branco, assentam em adro da mesma pedra, solidário com o da Capela do Senhor Jesus dos Aflitos que se ergue anexa à Igreja de forma quase integrada.
As portadas são encimadas por austeros janelões de empenas semicirculares, que ladeiam a cartela encomiástica da abadessa D. Isabel da Natividade, composição marmórea do estilo de transição barrocorococó, engalanada pelo escudo real de D. João V.
A fachada posterior, virada a poente, é de forma triangular enobrecida pela cartela estucada do estilo rococó. No feixo ergue-se o sinal de Redentor.
O interior é composto por nave de planta rectangular coberta por altar abóbada de meio canhão completamente decorado com pinturas e fechada por empenas revestidas com ricos azulejos policromados dos meados do século. XVII. de uma nudez impressionante e austera, a nave é apenas iluminada através das duas janelas e portadas.
Os dois únicos altares da nave, ambos, rasgados por arcos plenos de mármore local, são dedicados a Nossa Senhora da Piedade e a S. Francisco.
A Igreja dispõe de dois coros: o coro de baixo, disposto em ampla casa de planta rectangular, e o coro alto de proporções idênticas ao anterior, excepcionalmente elevado com tecto redondo e liso. Este último foi despojado de quase todos os seus pertences sumptuários.

13 — Capela do Senhor Jesus dos Aflitos: A Capela da Ordem Terceira de S. Francisco, cuja data de fundação remonta ao ano de 1676, moderna e piedosamente chamada de Senhor Jesus dos Aflitos, justaposta ao alçado mestre da Igreja das Servas, é de arquitectura barroca da época de D. Pedro II. A fachada principal, totalmente revestida a mármores em xadrezes escuros e claros, é de empena triangular rematada por crucifixo, rasgada por simples portal ladeado por duas janelas e encimado por uma terceira, de sacada, que ilumina o coro. Este último janelão é sobrepujado axialmente por um pequeno nicho com a imagem de S. Francisco de Assis. Mais discreta, de alvenaria e cunhal de pedra aparelhada, são as dependências anexas. Sobranceira a estas, ergue-se a torre sineira de quatro olhais e cúpula bolbosa com ornatos.
Actualmente está apenas preenchida por um único sino moderno.
O interior da capela, de planta rectangular e tecto redondo, apenas mantém da fundação as estruturas e o rodapé azulejar.
Nos alçados e respeitando a tradição da irmandade, rasgam-se oito nichos envidraçados onde se expõem os titulares da Ordem.
O púlpito de balaústres quadrados em mármore, parece dos alvores de setecentos.
O coro é moderno.
A Capela-Mor, de planta quadrangular, alcança-se por arco-mestre redondo. Tem sofrido profundas transformações através dos tempos.
No nicho central da Capela-Mor, arranjado no ano de 1892, venera-se a imagem do Senhor Jesus dos Passos, daí, a actual consagração dos Aflitos.