O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

25 | II Série A - Número: 035 | 13 de Janeiro de 2007

30— Ermida de Santo António: Esta ermida situa-se a aproximadamente 2 Km para noroeste da aldeia de Rio de Moinhos, num lugar chamado Aldeia de Fidalgos. Fundada em período impreciso da segunda metade do século XVIII, substitui a primitiva ermida de Santo Antoninho da Estrada ou Santo António-o-Velho, que ficava situada na herdade da Alteia, relativamente próxima da Aldeia de Fidalgos e que se arruinou completamente no século passado.
A frente do edifício prolonga-se num alto muro de falsas janelas até alcançar o portão do pátio rústico que serve um palacete solarengo.
A frontaria da capela é cunhada de pilastras singelas, frontão recurvo e campanário axial de volutas com enrolamento. O portal e a janela alta, ambos guarnecidos por mármore branco, completam o conjunto.
O interior de boas proporções e planta rectangular, divide-se em nave e Capela-Mor com coberturas de berço, aquela lise de adornos e esta decorada. O chão é de largas placas de pedra do sítio e o púlpito, de grosseira base quadrangular em mármore, apresenta vestígios de barras do mesmo material, substituídas posteriormente por ferros forjados antigos.

31— Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe: Esta capela situa-se a cerca de 2,5 Km a sul de Rio de Moinhos, junto à ribeira de Lucefece.
Ignora-se a data da sua fundação, mas o edifício tem traça arquitectónica dos finais dos anos quinhentos.
Assente em adro pavimentado de ardósia e tijoleira, com muretes de repouso, a capela apresenta fachada de simples portal adintelado ladeado por duas janelas gradeadas ao nível do observador. Tem empena triangular sobrejugada de discreto campanário despido de sineta, ladeado de volutas com enrolamento. Anexa justaposta à empena nascente construiu-se a sacristia.
O interior dispõe-se em nave rectangular coberta por tecto de berço, onde são visíveis, subjacentemente, na sanca e alçados, restos de pinturas murais, talvez ainda seiscentista. O altar pouco profundo, rasgado em arco redondo, é obra posterior.
Três nichos de pilastras, rasgam-se no fundo da capela: o central com a imagem da Virgem titular, Nossa Senhora de Guadalupe, e os laterais, com as figuras de Santo António e S. Joaquim.

32 — Ermida de S. Gregório: Desconhece-se a data exacta da sua fundação. Sabe-se porém, que esta capela que dista cerca de 1,5 Km para sul da aldeia de Rio de Moinhos, já existia no ano de 1556.
A ermida compõe-se de nartex atarracado e longo, com três arcadas e telhado de duas águas, recentemente restaurado. A empena virada a poente é lisa e desprovida de apoios, enquanto que a oposta estende-se em construções certamente ligadas ao serviço religioso, que amparam a nave e a ábside do edifício principal.
Na fachada principal, com portada de mármore branco e lintel recto muito simples, ergue-se, axialmente, o campanário despido de sineta e encimado por cruz de pedra. À semelhança do alpendre, o telhado do corpo central da ermida é também de duas águas.
Contrastando com as restantes, a cobertura da capela è de quatro águas, rematado em agulha.
Interiormente, a nave, muito singela e de planta rectangular com tecto de meio canhão, é rasgada nos alçados por arcadas cegas de dois tramos, sem quaisquer lavores. O pavimento é em tijoleira. Quase à entrada do lado do Evangelho, ergue-se o púlpito do tipo rústico, em alvenaria e com degraus em tijolo.
A ábside, a parte mais antiga da capela, possivelmente dos meados do Séc. XVI, tem planta quadrangular e é coberta por cúpula de meia laranja assente em trompas lisas. É decorada por composições murais dos fins da Renascença. Ao fundo, é vazado o nicho com a imagem do Santo Padroeiro, S. Gregório Papa, de madeira estofada e dourada, obra popular de certo valor artístico, com cerca de 76 cm de altura. 33 — Ermida de S. Lourenço: A ermida de S. Lourenço situa-se num morro sem acesso viário perto da aldeia da Nora, a cerca de 2,5 Km a norte de Rio de Moinhos.
A sua fundação é muito antiga, mas imprecisa. Sabe-se que se encontrava em ruínas no começo do século XVII, tendo sido totalmente reedificada em 1604.
Teve serviço religioso até 1965. A partir dessa data foi profanada, tendo sido roubados os valores sumptuários, como os balaústres do púlpito, o sino e as portas do templo, bem como as do casario da capelania anexo.
O edifício, que se encontra bastante arruinado, é construído em grossa alvenaria reforçada com lages xistosas. a sua fachada, mostra ainda a silhueta de uma profunda reforma no século XVIII, exibe sóbria empena sobrejugada por discreto campanário, outrora encimado por cruz apontando o céu.
O portal, em mármore branco lavrado, do tipo de ângulos salientes e emoldurado, é da época de D. João V — D. José I. É o único elemento válido da arquitectura exterior.
Interiormente, a nave de planta rectangular alongada encontra-se totalmente arruinada.
O santuário de planta quadrangular, corpo primitivo de 1604, tem cornija de secção lobulada e cobertura do tipo cupular revestido por sistema radial, encontra-se, igualmente, bastante arruinado.