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231 | II Série A - Número: 026 | 10 de Novembro de 2008

Sumário executivo 1 O objectivo da presente Nota Técnica é dotar a COF da informação técnica necessária para proceder à apreciação da PPL de Orçamento de Estado para 2009 (OE/2009).

PERSPECTIVAS MACROECONÓMICAS Enquadramento internacional 2 O enquadramento internacional da economia portuguesa continua a ser caracterizado pelos efeitos da turbulência acentuada nos mercados financeiros, o que acarreta um grau de incerteza elevado, dificultando os exercícios de previsão das perspectivas económicas a curto e a médio prazo.
A informação disponível não permite afastar a hipótese de um cenário recessivo na área do euro e nos EUA em 2009, que inevitavelmente terá consequências significativas sobre a evolução da economia portuguesa, via efeitos de contágio.
3 De acordo com os cálculos recentes do FMI (2008) Portugal tem vindo a apresentar nos anos mais próximos um crescimento mais sincronizado com países parceiros do que no passado mais distante. Isto significa que os efeitos de contágio para economia portuguesa de um abrandamento dos seus parceiros comerciais são agora mais fortes do que no passado. Em particular, relativamente a Espanha, de acordo com essa estimativa do FMI, 1 p.p. a menos de crescimento em Espanha traduz-se numa redução de ½ p.p. da taxa de crescimento das exportações portuguesas em volume e numa redução de 0,14 p.p. no crescimento do PIB em Portugal.
4 Tendo em conta a informação disponível, um dos principais riscos para o sector real da economia, em particular para as pequenas e médias empresas (PME), advém das perturbações no mercado de crédito. Uma eventual forte redução do crédito disponível teria consequências bastante pronunciadas para o normal funcionamento da economia, dificultando não só as operações de tesouraria das empresas, como o financiamento de projectos de investimento. Evolução recente da economia portuguesa 5 A economia portuguesa tem apresentado desde 2000 um forte abrandamento do seu ritmo de crescimento, interrompendo o processo de convergência com o nível médio de riqueza da área do euro.
6 De acordo com as análises recentes da OCDE e do FMI, na origem desse baixo crescimento estão um baixo crescimento da produtividade e um hiato de competitividade externa.
7 A aplicação da metodologia da contabilidade do crescimento permite à UTAO concluir que as variações na produtividade (total dos factores) se têm revelado decisivas para a evolução recente da economia. Assim, uma melhoria do crescimento da economia portuguesa terá necessariamente que se basear num crescimento da produtividade.
8 De acordo com o FMI, as expectativas de crescimento da produtividade e do crescimento económico formuladas pelos agentes económicos portugueses na sequência da adesão à moeda única demonstraram-se optimistas. Desse excessivo optimismo resultaram importantes desequilíbrios macroeconómicos, designadamente um aumento do défice externo e do défice orçamental (após