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19 | II Série A - Número: 145 | 30 de Junho de 2009

De referir que o perfil intra-anual do crescimento do PIB, em termos reais, foi distinto ao longo de 2008, tendo as quebras significativas das exportações e do investimento registadas no último trimestre do ano contribuído decisivamente para o resultado registado.
As necessidades de financiamento da economia portuguesa aumentaram 1,8 pontos percentuais do PIB para 10,2% em 2008, em resultado da evolução do saldo da balança de rendimentos e, sobretudo, da evolução do saldo da balança de bens, reflectindo, essencialmente, os desenvolvimentos ocorridos na primeira metade do ano associados à alta do preço do petróleo. O saldo negativo das AP correspondeu a 2,6% do PIB, o mesmo valor registado em 2007.
A taxa média de desemprego em 2008 foi de 7,6%, diminuindo 0,4 pontos percentuais face a 2007.
A variação do emprego foi de 0,5%, acelerando ligeiramente face ao ano anterior (+0,3 pontos percentuais do que em 2007).
O diferencial de crescimento da economia portuguesa face à média da área do euro continuou negativo (Gráfico 4).
GRÁFICO 3 - CONTRIBUTOS PARA O CRESCIMENTO DO PIB (Taxa de variação homóloga e pontos percentuais)
GRÁFICO 4 - PIB (Taxa de variação homóloga, em volume, %) -3
-2
-1
0
1
2
3
4
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Procura interna (p.p)
Procura externa (p.p)
PIB (VH) -2
-1
0
1
2
3
4
2
0
0
0
2
0
0
1
2
0
0
2
2
0
0
3
2
0
0
4
2
0
0
5
2
0
0
6
2
0
0
7
2
0
0
8
Diferencial (p.p)
PIB AE15 (VH)
PIB Portugal (VH) Fonte: INE. Fontes: INE e Eurostat.
O desempenho menos favorável da procura interna resultou da forte deterioração do investimento, enquanto o consumo privado estabilizou e o consumo público registou um ligeiro aumento.
De facto, em 2008, o consumo privado cresceu 1,6% em termos reais (valor idêntico a 2007). Para este resultado foi determinante a aceleração observada no consumo dos bens correntes, cujo crescimento se cifrou em 1,9%, mais 0,6 pontos percentuais do que em 2007. Esta aceleração fez-se sentir, quer na categoria dos bens alimentares, quer na categoria dos bens não alimentares e serviços, embora tenha sido ligeiramente mais expressiva nesta última, que compensou a contracção marginal que ocorreu na componente de bens duradouros.
Em 2008, o consumo público registou um crescimento de 0,5% em termos reais, aumentando o seu peso no PIB em 0,4 pontos percentuais.