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20 | II Série A - Número: 145 | 30 de Junho de 2009

Como foi referido, o investimento (FBCF) foi a componente da procura interna que registou o comportamento mais desfavorável, tendo diminuído 1,1% em termos reais face ao ano anterior. Salienta-se, no entanto, que este resultado foi motivado maioritariamente pelo comportamento da FBCF no 4.º trimestre do ano, tendo sido observada uma quebra homóloga de 8,6% nesse período.
Por tipo de bens, a evolução negativa registada no investimento em construção e no investimento em material de transporte (designadamente no 2.º semestre do ano) contribuiu para o comportamento desfavorável da FBCF, enquanto o investimento em produtos metálicos e máquinas apresentou o comportamento mais dinâmico.
As exportações, com uma quebra real de 0,5%, apresentaram uma forte deterioração face ao comportamento registado em 2007 (+7,5%, em termos homólogos reais). Esta desaceleração verificou-se ao longo do ano, mas acentuou-se no 4.º trimestre de 2008, com uma quebra de 8,9% em termos homólogos.
A evolução das exportações em 2008 resultou do comportamento simultaneamente desfavorável das componentes de bens e de serviços. As exportações de bens registaram uma quebra homóloga de 1,1% (que compara com um crescimento homólogo de 5,7% em 2007) e as exportações de serviços desaceleraram de 13,5% em 2007 para 2,3% em 2008, em termos homólogos.
Analisando os dados da balança de mercadorias em termos homólogos nominais, verifica-se que a quebra das exportações de bens, em 2008, resultou da evolução das exportações intracomunitárias, que caíram 2,8% tendo as exportações extra-comunitárias aumentado 13,5% nesse período.
Em linha com a evolução da actividade económica, as importações desaceleraram (2,1% em 2008, que compara com 5,5% em 2007), resultado, em grande parte, da evolução desfavorável da procura global. As importações, apesar de tudo, mantiveram-se positivas, tanto em termos reais como nominais. Em termos nominais, as importações aumentaram devido à componente energética, designadamente devido ao forte crescimento do preço dos combustíveis ao longo de 2008. A compra de material aeronáutico ao longo da primeira metade de 2008 também impulsionou o crescimento das importações.
Desta forma, as necessidades de financiamento da economia portuguesa, medidas pelo défice conjunto das Balanças Corrente e de Capital, aumentaram para 10,2% do PIB.
No conjunto de 2008, o mercado de trabalho apresentou uma evolução positiva, consubstanciada num maior crescimento do emprego e numa diminuição da taxa de desemprego face a 2007, reflectindo o desfasamento habitual face ao ciclo económico. Esta evolução foi influenciada pelo desempenho positivo ao longo dos primeiros seis meses do ano, uma vez que durante o 2.º semestre o comportamento do mercado de trabalho foi condicionado pelos desenvolvimentos da crise económica internacional.
O crescimento anual do emprego total (0,5%) ficou a dever-se aos ganhos registados durante o 1.º semestre, sendo de destacar o forte contributo do emprego feminino, que apesar da evolução intraanual desfavorável manteve sempre um comportamento positivo. Num contexto em que se verificou um menor crescimento da população activa portuguesa e uma ligeira melhoria da taxa de participação