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16 | II Série A - Número: 176 | 7 de Maio de 2012

desenvolvimento deverão manter um crescimento robusto, devendo o PIB aumentar 5,9% em média, nestes dois anos (6,2% em 2011). A China e a Índia vão manter um elevado dinamismo, assim como a Rússia e os países da América Latina, com destaque para o reforço do crescimento económico do Brasil nestes dois anos. A economia da área do euro deve apresentar uma moderada contração em 2012, com destaque para uma quebra do PIB em Itália, Espanha e Países Baixos. A desaceleração da economia da área do euro encontra-se influenciada pelo abrandamento da procura externa, mas também pelos efeitos da crise da dívida soberana, das repercussões do processo de desalavancagem do sector bancário na economia real e do impacto das medidas de consolidação orçamental postas em prática na generalidade dos países.
Com efeito, a procura interna da área do euro deve reduzir-se 1,1% em 2012 (+0,5% em 2011), em resultado da redução do consumo privado, do investimento e do consumo público. As exportações deverão desacelerar significativamente, apesar do contributo das exportações líquidas para o crescimento do PIB permanecer positivo. Em 2013 a atividade económica na área do euro deverá recuperar, estando previsto um crescimento do PIB de 0,9% em média anual. Refletindo esta evolução, a taxa de desemprego deverá aumentar para 10.9% em 2012 (10.1% em 2011) e manter-se próxima deste valor em 2013. Os preços do petróleo deverão prosseguir a tendência de aceleração ao longo de 2012 e manterem -se elevados em 2013, determinada, em parte, pelo aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente, do lado da oferta, e da continuação de uma forte procura proveniente essencialmente dos mercados emergentes asiáticos. No caso dos preços das matérias-primas não energéticas prevê-se uma quebra de 10,3% do em 2012, invertendo a tendência registada nos últimos dois anos. Quanto à inflação, as projeções do FMI apontam para uma diminuição na generalidade dos países em 2012, devendo os países emergentes registar valores em torno de 6,2% (7,1% em 2011) e nas economias avançadas níveis próximos de 1,9% (2,7% em 2011). A taxa de inflação na área do euro deve diminuir para 2,0% em 2012 (2,7% em 2011), embora possa permanecer em níveis relativamente elevados em alguns países devido ao impacto de aumentos dos impostos indiretos e dos preços administrados. Para os EUA, as projeções apontam para um aumento da inflação para 2,1% em 2012 (1,7% em 2011). Os desenvolvimentos mais recentes sugerem que, globalmente, os desequilíbrios externos entre as regiões tenderão a reduzir-se no futuro, dada a tendência de um crescimento mais fraco do consumo, em particular por parte da generalidade das economias avançadas que se encontram mais endividadas (casos dos EUA e alguns países da área do euro); enquanto a procura interna nas economias de mercado emergentes tenderá a acelerar, destacando-se, entre os países asiáticos, a China. Com efeito, o défice da balança corrente dos EUA deve diminuir para 3,2% do PIB, em média, no conjunto de 2012 e 2013 (-4,5%, em média, entre 2004 e 2011); enquanto na China, o seu excedente da balança corrente deve diminuir para 2,5% do PIB, em média, nos anos 2012 e 2013, (muito abaixo da média de 6,3%, registada entre 2004 e 2011).

I.1.2. Mercados Financeiros Ao longo dos últimos meses, o crédito concedido ao sector privado registou variações negativas em todos os segmentos, tendência que se deve prolongar este ano. Tal reflete a recessão económica, juntamente com o processo de desalavancagem do sector bancário com o ajustamento dos balanços das empresas não financeiras e das famílias.