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17 | II Série A - Número: 176 | 7 de Maio de 2012

Tem-se vindo a assistir a uma queda dos empréstimos bancários concedidos ao sector privado não financeiro, cuja taxa de contração se agravou em janeiro de 2012. Esta evolução traduziu quedas sucessivamente mais acentuadas quer nos empréstimos às sociedades não financeiras (-2,9% em janeiro de 2012), quer nos empréstimos a particulares (-2,8% em fevereiro de 2012). A evolução do crédito aos particulares reflete a diminuição tanto do crédito à habitação como do crédito ao consumo, tendo a quebra sido mais pronunciada nesta última componente.

Quadro I.2. Agregados de Crédito Bancário em Portugal (variação anual, em %, fim de período)

Nota: Variação anual, ajustada de operações de titularização.
Fonte: Banco de Portugal.
No âmbito do crédito às sociedades não financeiras, a redução tem sido mais pronunciada no caso das pequenas e médias empresas e nos sectores da construção, do imobiliário, do comércio (por grosso, a retalho e reparação de veículos automóveis e motociclos) e da indústria transformadora.
Restrições associadas ao balanço dos bancos e a perceção de um maior risco nomeadamente na vertente empresarial, tem determinado um aperto das condições de crédito, contribuindo para a subida das taxas de juro bancárias. Esta tendência tem sido particularmente marcada no crédito às sociedades não financeiras. No período mais recente verificou-se alguma moderação nas taxas de juro do crédito à habitação.
Apesar dos vários desenvolvimentos adversos observados desde finais de 2008, o sector bancári o português tem demonstrado um nível de resistência assinalável. Os níveis de capitalização do sistema bancário melhoraram substancialmente em 2011, prosseguindo a tendência evidenciada desde 2008. De facto, no final de 2011, o rácio Core Tier 1 do sistema bancário situou-se em 9,6% (ultrapassando o limite mínimo de 9% fixado no Programa de Ajustamento Económico (PAE)), representando uma melhoria de 1,5 p.p. face a 2010 e de 2,8 p.p. em relação a 2008. Para esta evolução contribuíram quer o aumento dos fundos próprios core (através de conversão de dívida em capital e de políticas de retenção de resultados), quer as operações de recompra de dívida titulada e, o processo de desalavancagem prosseguido pelos bancos.
Por seu turno, o rácio crédito/depósitos do sistema bancário também se reduziu substancialmente, situando-se, no final de 2011, em 140%, face a um valor máximo de 167% registado em junho de 2010.
Neste âmbito, é de destacar o comportamento favorável dos depósitos de particulares em 2011, os quais mais do que compensaram a redução dos depósitos de não-residentes e das sociedades não financeiras.
Para 2012, apesar de se prever algum abrandamento, as famílias deverão continuar a investir em depósitos, em consequência de uma maior remuneração relativa dos depósitos e, também, fruto do ajustamento que as famílias têm efetuado às suas carteiras de ativos, reduzindo o peso de fundos de investimento e seguros de vida. Quanto às taxas de juro do crédito, estas aumentaram tanto para as famílias como para as empresas, tendo a subido sido mais acentuada para o crédito às empresas, cuja taxa se situou em 5,1% em fevereiro de 2012, representando um aumento de 113 pontos base face a fevereiro de 2011 (3,9%). J u l - 1 1 A g o - 1 1 S e t - 1 1 O u t - 1 1 N o v - 1 1 D e z - 1 1 J a n - 1 2 Fe v - 1 2
E m p r é s t i m o s a o s e c t o r p r i v a d o n ã o f i n a n c e i r o - 0 , 4 - 0 , 6 - 1 , 0 - 1 , 3 - 1 , 9 - 2 , 4 - 2 , 7 : S o c i e d a d e s n ã o f i n a n c e i r a s - 0 , 3 - 0 , 4 - 0 , 7 - 1 , 0 - 1 , 7 - 2 , 7 - 2 , 9 : P a r t i c u l a r e s - 0 , 4 - 0 , 8 - 1 , 2 - 1 , 6 - 1 , 9 - 2 , 2 - 2 , 6 - 2 , 8 p a r a h a b i ta ç ã o 0 , 0 - 0 , 3 - 0 , 7 - 1 , 0 - 1 , 3 - 1 , 6 - 1 , 9 - 2 , 2 p a r a c o n s u m o - 3 , 1 - 3 , 7 - 4 , 2 - 4 , 5 - 5 , 7 - 5 , 8 - 7 , 0 - 7 , 4