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II SÉRIE-A — NÚMERO 27

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Relativamente ao impacto na economia nacional que poderá ter a referida “grande incerteza” que paira

particularmente sobre a economia europeia e não obstante aquelas previsões, a proposta de Orçamento do

Estado para 2013 chama a atenção para alguns dos principais riscos internacionais. Os riscos mais relevantes

poderão estar associados à intensificação da crise da dívida soberana na área euro, a uma possível subida

dos preços das matérias-primas, nomeadamente do petróleo e dos produtos alimentares, à subida das taxas

de juro de curto prazo e a uma diminuição da procura externa.

A proposta do OE para 2013, apresentada num contexto de “agravamento generalizado da carga fiscal”

(pág. 41), prevê um crescimento de 2,8% da procura externa, de acordo com o cálculo efetuado pelo Ministério

das Finanças, que para isso utilizou previsões de crescimento real das importações dos principais parceiros de

Portugal. Segundo a projeção do Governo, o PIB em 2013 deverá registar uma contração de 1% em média

anual, associado a uma redução do consumo privado (-2,2%) e do consumo público (-3,5%), a uma evolução

negativa do investimento de 4,2% e a um aumento do desemprego, que segundo as projeções, poderá situar-

se nos 16,4%.

Apenas as exportações de bens e serviços deverão apresentar um comportamento favorável, com

crescimento de 3,6%, ainda assim em desaceleração relativamente a anos anteriores. (Quadro I.2.3.).

De referir ainda que, na sequência das conclusões do Eurogrupo de julho, foram revistos os limites do

défice orçamental estabelecidos no Programa de Ajustamento Económico e Financeiro para 5% do PIB em

2012, 4,5% em 2013 e 2,5% em 2014. Os limites anteriores eram 4,5% para 2012, 3% em 2013 e 2,3% em

2014.

Em 2013 a dívida pública deverá manter a trajetória de crescimento, depois de em 2011 ter atingido os

108,1% do PIB e, em 2012, os 119,5% do PIB.

Assim, a prevista evolução negativa da maior parte dos indicadores económicos, reflete-se

necessariamente no agravamento das medidas propostas no Orçamento do Estado para 2013, através das

quais pretende o Governo alcançar o reequilíbrio orçamental a que se propôs.

3. Linhas de ação política para 2013 – Ministério dos Negócios Estrangeiros

A política externa portuguesa em 2013 continuará a ter como pano de fundo o esforço de reequilíbrio das

contas públicas e estará sobretudo direcionada para as seguintes prioridades: internacionalização da