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Gráfico II.2. Taxas de Juro dos BT

Fonte: IGCP, E.P.E.

Com efeito, ao longo dos últimos três anos, os fatores explicativos para a evolução da despesa com juros têm sido distintos. Em 2010, não obstante a subida das taxas de juro de curto prazo, dadas as condições de financiamento do Tesouro, a despesa pública com juros apenas subiu ligeiramente e por efeito de aumento do stock de dívida, constituído maioritariamente por instrumentos de longo prazo. O efeito de redução da taxa de juro implícita na dívida compensou quase integralmente o efeito de aumento do stock, assistindo-se a uma quase estabilização da despesa com juros.

No início de 2011, com o agravamento da crise da dívida soberana e a deterioração das condições económicas e financeiras, assistiu-se a uma subida muito significativa das taxas de colocação de dívida pública em todos os prazos, refletindo prémios de risco sucessivamente mais elevados, evolução que culminou com a interrupção do financiamento de mercado à República Portuguesa e o pedido de assistência económica e financeira internacional. As necessidades de financiamento do ano foram cobertas essencialmente pelos empréstimos obtidos no âmbito do PAE e pela emissão de dívida de curto prazo. Note-se que as taxas de colocação dos BT a 3 e 6 meses permaneceram em níveis historicamente elevados até ao final do ano, enquanto a emissão de BT a 12 meses esteve suspensa até ao início de 2012. Neste contexto, o efeito de subida das taxas de juro (em 0.8 p.p. na taxa implícita) foi determinante para o acréscimo de despesa com juros registado em 2012, o qual continuou a refletir também o aumento do stock de dívida.

Os resultados positivos que o PAE tem vindo a apresentar, quer ao nível da correção dos desequilíbrios macroeconómicos - externo e de finanças públicas - quer ao nível das reformas estruturais levadas a cabo, têm permitindo a melhoria gradual das condições de financiamento. A partir do início de 2012 é visível a tendência descendente das taxas de colocação dos BT em todos os prazos, tendo sido retomadas as emissões a 12 meses e, pela primeira vez, a 18 meses. Recorde-se que em outubro 2012 teve ainda lugar a operação de troca de Obrigações de Tesouro entre a OT 5,45% setembro 2013 e a OT 3,35% outubro 2014. Em 2012 verificou-se assim uma descida da taxa de juro implícita em 0.3 p.p., de 4,0% para 3,7%,efeito que permitiu compensar em mais de metade a subida da despesa com juros que decorreria do aumento do stock de dívida pública.

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3 meses 6 meses 12 meses 18 meses

30 DE ABRIL DE 2013_______________________________________________________________________________________________________________

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