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Após um período de forte desaceleração dos preços em Portugal, iniciado no final de 2008 e prolongado ao

longo do ano seguinte, que se traduziu numa taxa de inflação média anual negativa em 2009, a taxa de

inflação voltou a apresentar valores positivos a partir de 2010, mantendo-se acima de 3% ao longo de 2011.

Neste ano, a taxa de inflação em Portugal, medida pela variação média do Índice Harmonizado de Preços no

Consumidor (IHPC), situou-se em 3,6%, o que representou um acréscimo de 2,2 p.p. em relação a 2010.

A aceleração dos preços no consumidor foi essencialmente impulsionada por alterações fiscais e nos preços

administrativos de alguns bens e serviços, os transportes e a habitação, água e eletricidade foram no

período de 2010-2011 as categorias que mais contribuíram para o crescimento da inflação, sendo que são

categorias onde se verifica precisamente um forte impacto do preço dos produtos energéticos.

Comparando com a área do euro, os preços em Portugal subiram mais acentuadamente em 2011 (3,6% face

a 2,4% na EA17), aumentando o diferencial que se verificava em 2010 (0,4 p.p.). Assim, em 2011, o

diferencial medido pela IHPC, para 1,1 p.p., o que significa uma divergência de Portugal com o conjunto das

17 economias que compõem a área euro.

Fonte: INE, in Relatório CGE2011

1.3. As previsões macroeconómicas para 2011 – do orçamento inicial ao valor efetivo

O cenário macroeconómico apresentado no OE2011 apontava para o crescimento do PIB de 0,2%, assente

na evolução favorável das exportações, ainda que num contexto de desaceleração da procura externa

relevante para Portugal, e numa contração em todas as componentes da procura interna, com especial

incidência no consumo público. As projeções macroeconómicas reveladas pelo Ministério das Finanças (MF)

tiveram em conta o aumento da incerteza quanto às perspetivas de continuação da retoma económica

mundial e os custos de financiamento mais elevados. A análise do enquadramento internacional subjacente

à elaboração do OE indicava ainda uma subida das taxas de juro de curto prazo, um aumento ligeiro do

preço do petróleo, a depreciação do euro face ao dólar e o aumento da taxa de inflação na área do euro.

No 2º semestre de 2011, no Documento de Estratégia Orçamental de agosto, e já na sequência do pedido

de assistência financeira internacional, o Ministério das Finanças reviu em forte baixa a previsão do PIB (-2,4

p.p.), passando de um crescimento, embora tímido, de 0,2% para uma recessão na ordem dos 2,2%.

1 DE JULHO DE 2013_______________________________________________________________________________________________________________

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