O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

121 | II Série A - Número: 125S1 | 4 de Junho de 2014

desaceleração do crescimento económico mundial, sobretudo dos nossos principais parceiros comerciais.
Em 2012, o Governo prosseguiu uma política económica subordinada aos objetivos de consolidação orçamental, de redução dos níveis de endividamento e de transformação estrutural assumidos com a Troika e, em particular, à meta da redução do défice orçamental.
Embora o objetivo para o défice orçamental tenha sido revisto de 4,5% para 5% no quadro da 5ª avaliação do PAEF, tendo o valor final ficado registado em 4,7%, esta revisão foi ainda assim insuficiente para impedir que a via adotada para a consolidação orçamental - que afetou drasticamente os rendimentos dos trabalhadores e pensionistas – tivesse um impacto recessivo sobre a atividade económica, que se contraiu acima do previsto, levando ao encerramento de muitas empresas e a um agravamento acentuado do desemprego.
Esta opção política e as medidas que a concretizaram, com os sacrifícios a recaírem sobretudo sobre os trabalhadores e os pensionistas, tiveram um grande impacto negativo sobre o poder de compra, agravando o empobrecimento das famílias, a procura interna e os níveis de financiamento da economia portuguesa. Tal contribuiu para a contração económica de 3,2%, praticamente o dobro da observada em 2011 e acima da prevista, quer no OE 2012 quer nos OER 2012. A contração do PIB acentuou-se ao longo do ano, atingindo uma quebra real de 3,8% no último trimestre, na sequência de uma mais forte desaceleração das exportações e, sobretudo, da forte queda da procura interna, que recuou 6,6% no conjunto do ano - 5,4% no consumo privado e 14,3% na FBCF, acima das descidas de 4,8% e 9,5%, respetivamente, previstas no OE 2012 inicial. A redução dos salários