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122 | II Série A - Número: 125S1 | 4 de Junho de 2014

nominais (quebra de 2,7% em 2012 após uma redução de 0,6% em 2011) e o aumento intenso do desemprego estiveram na base da contração do consumo privado em Portugal. Acresceram ainda as dificuldades de financiamento, sobretudo das PME, que contribuíram para acentuar a queda da procura interna, nomeadamente por via da redução do investimento. As opções políticas assumidas no quadro do processo de consolidação orçamental têm tido impactos recessivos, com consequências especialmente negativas no mercado de trabalho - o emprego total caiu 4,2%, valor superior à própria contração do PIB, e a taxa de desemprego manteve uma tendência de subida ao longo de todo o ano, alcançando os 15,7% em 2012. No final do ano encontravam-se desempregadas cerca de um milhão de pessoas, tendo-se ainda observado um número cada vez maior de pessoas em categorias como o subemprego visível, os inativos desencorajados e outras, pelo que a expressão real do desemprego seria certamente superior à evidenciada pela estatística - tal como esta é apurada - assim como o CES alertou no seu parecer referente à CGE 2011.
O CES não pode igualmente deixar de manifestar a sua preocupação pelo aumento da emigração, nomeadamente dos jovens mas também de muitas famílias, perante o desemprego e a falta de perspetivas de emprego e de futuro, fenómeno que tem vindo a ganhar expressão nos últimos anos.
O impacto demasiado recessivo das políticas de consolidação tem sido repetidamente analisado pelo CES nos seus diversos pareceres, que alertam para a necessidade de políticas económicas que assegurem um justo equilíbrio entre, por um lado, a consolidação e o rigor orçamental e, por outro, as medidas que promovam o crescimento económico e o emprego.