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123 | II Série A - Número: 125S1 | 4 de Junho de 2014

Não obstante a relevância das melhorias verificadas ao nível da balança corrente, o CES não pode contudo deixar de expressar as suas preocupações quanto aos fatores que a sustentam, nomeadamente a redução do investimento e a quebra do consumo privado decorrente da forte redução do rendimento a que as famílias têm sido sujeitas.
Em 2012, as previsões do Governo, apresentadas em linha com as da generalidade das organizações internacionais, revelaram-se excessivamente otimistas, particularmente quanto ao crescimento económico, ao emprego e às receitas fiscais.
Ao longo dos anos, e em vários dos seus pareceres, o CES tem chamado a atenção para a importância das previsões macroeconómicas enquanto instrumento de suporte ao processo de tomada de decisão dos agentes políticos, económicos e sociais e, por conseguinte, para a necessidade da fiabilidade e credibilidade das mesmas.
O CES tem vindo igualmente a expressar as suas dúvidas quanto ao realismo de muitos dos cenários macroeconómicos apresentados pelo Governo nos vários OE, como foi nomeadamente o caso do OE 2012.
Além disso, a persistência de cenários macroeconómicos que se têm vindo a revelar sistematicamente pouco realistas pode influenciar negativamente as expectativas dos agentes económicos e sociais nas suas decisões e, assim, contribuir também para agravar o quadro recessivo, o que justifica a preocupação do CES relativamente a esta matéria.
A explicitação do modelo de previsão e dos seus pressupostos por parte do Governo, oportunamente solicitada pelo CES, seria um contributo importante para aferir o realismo do quadro previsional que determina a orçamentação, permitindo perceber melhor os desvios da execução