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69 | II Série A - Número: 125S1 | 4 de Junho de 2014

destaque para um baixo crescimento das economias avançadas, em torno de 1%, devido ao enfraquecimento da economia europeia, especialmente da área do euro, e um menor dinamismo dos países emergentes e em desenvolvimento, onde o PIB desacelerou para cerca de 5,1% (6,4% em 2011).
b) É, igualmente, referido que no decurso do ano de 2012, os fatores de risco no sentido descendente da atividade económica mundial tornaram-se efetivos, devido sobretudo à intensificação e alastramento da crise da dívida soberana nos países da área do euro (nomeadamente, Espanha e Itália) com impacto nos custos de financiamento e nos níveis de confiança dos agentes económicos.
c) No entanto, na parte final do ano, os progressos alcançados na construção da união bancária europeia, na reestruturação do sector bancário de Espanha e no acordo alcançado relativamente à dívida da Grécia, contribuíram para a redução do diferencial de rendibilidade das taxas de juro de longo prazo dos países da área do euro mais abrangidos pela crise de dívida soberana face à Alemanha, para a evolução favorável dos índices bolsistas internacionais e para a apreciação da taxa de câmbio do euro face ao dólar para 1,32 no final de dezembro (1,29 no final de dezembro de 2011).
d) As Finanças Públicas em 2012 continuam a refletir a execução do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), acordado com a Comissão Europeia (CE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).
e) Refletindo o menor crescimento da economia mundial, o comércio de bens e serviços abrandou para 2,5% em volume em 2012 (6% em 2011) abaixo do valor médio registado na década de 2000, tendência que se estendeu às importações e exportações tanto das economias avançadas como dos países emergentes e em desenvolvimento. Com efeito, o total das importações mundiais de bens desacelerou para 2% em 2012 (6,6% em 2011), refletindo uma desaceleração quer nas economias avançadas quer nos países emergentes e em desenvolvimento.
f) Em 2012, assistiu-se, assim, a um enfraquecimento da atividade económica da União Europeia, tendo o PIB registado uma ligeira diminuição de 0,3% (+1,6% em 2011). g) Relativamente à área do euro, a deterioração da atividade económica ficou a dever-se a vários fatores, dos quais se destacam os efeitos da crise da dívida soberana, as repercussões do processo de desalavancagem do sector bancário num quadro de ajustamento dos balanços das famílias e empresas, as vulnerabilidades do sector financeiro colocando fortes restrições na concessão do crédito, o impacto da maior restritividade das políticas orçamentais na generalidade dos países, bem como a desaceleração do crescimento das exportações. h) Também o mercado de trabalho se deteriorou, o qual se refletiu numa diminuição do emprego e numa subida da taxa de desemprego que atingiu 11,8% em dezembro de 2012 (10,7% em dezembro de 2011). i) A taxa de inflação média da área do euro diminuiu para 2,5% em 2012 (2,7% em 2011) refletindo sobretudo a desaceleração dos preços dos produtos energéticos, uma vez que os preços dos produtos alimentares evoluíram no sentido ascendente, dada a aceleração dos preços dos bens alimentares não transformados.
j) Durante o ano de 2012, a taxa de inflação diminuiu na generalidade dos países, tendo registado no conjunto das economias avançadas um valor abaixo de 2% (2,7% em 2011), justificado sobretudo pelo enfraquecimento da procura interna nestes países, enquanto no conjunto dos países emergentes e em desenvolvimento, a taxa de inflação foi de 5,9% (7,2% em 2011).
l) Num contexto de persistência do fraco nível de utilização da capacidade produtiva nas economias avançadas e de manutenção de pressões inflacionistas moderadas, a política monetária da generalidade dos países pertencentes a este grupo (área do euro, Reino Unido, Estados Unidos e Japão) caracterizou-se por ser acomodatícia.
m) Com efeito, os Bancos Centrais do Reino Unido, Estados Unidos e Japão mantiveram, em 2012, as taxas de juro diretoras ao nível de final de 2011 (valor quase nulo) e o Conselho do Banco Central Europeu baixou-a em 25 pontos base, para 0,75% no início de julho, nível historicamente baixo.
n) As taxas de juro de longo prazo diminuíram tanto para a área do euro como para os EUA em 2012, situando-se em 4,0% e em 1,8%, em média, respetivamente (4,4% e 2,8%, em média, em 2011) sendo que esta tendência foi menos acentuada para a área do euro, culminando num aumento significativo do diferencial face aos EUA para 221 pontos base, o valor mais alto das duas últimas décadas. o) Apesar dos riscos relacionados com os mercados de dívida soberana se terem mantido elevados ao longo do primeiro semestre de 2012, especialmente nos países do sul da área do euro, a intervenção do BCE