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SUMÁRIO EXECUTIVO

Em 2014, ano de conclusão do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, Portugal

prosseguiu o esforço de consolidação orçamental (-0,3 p.p. do PIB face a 2013) iniciado em 2011, no

contexto da inflexão do ciclo económico, caraterizado pelo crescimento, ainda que moderado, do PIB

em termos reais (+0,9%), a redução da taxa de desemprego (-2,3 p.p.) e de inflação negativa (-0,3%).

Não obstante, assistiu-se a um aumento do peso da dívida consolidada das Administrações Públicas

(+0,5 p.p. do PIB).

Contexto Económico Mundial e em Portugal

A Economia Mundial cresceu 3,4% em 2014 em termos reais, resultado igual ao observado em

2013, tendo o perfil de crescimento sido assente num melhor desempenho das economias

avançadas, em paralelo com um abrandamento do crescimento económico nos países emergentes e

em desenvolvimento. A evolução da Economia Mundial caraterizou-se, ainda, por uma estabilização

do nível de crescimento do comércio mundial de bens e serviços (3,4% em 2014, que compara com

+3,5% em 2013), uma diminuição generalizada da inflação, uma redução do preço do petróleo brent

(de USD 109 em 2013 para USD 100 em 2014), a apreciação do dólar norte-americano face ao euro e

às moedas dos principais países produtores de petróleo e a prossecução de uma política monetária

promotora do aumento de liquidez, através da definição de taxas de juro diretoras historicamente

baixas. Vd Quadro 1 - Principais indicadores da Economia internacional.

A Economia da zona do euro registou um crescimento real mais baixo (+0,9%) face ao observado

para a Economia Mundial, ainda que infletindo o resultado dos dois anos precedentes, com suporte

no crescimento da procura interna e das exportações, a par de uma evolução ligeiramente favorável

dos níveis de emprego e de desemprego (cuja taxa se situou em 11,4%, 0,5 p.p. abaixo da observada

no ano precedente) e de uma taxa de inflação média reduzida (+0,4%), refletindo a redução dos

preços dos produtos energéticos e o fraco crescimento da procura interna. As taxas de juros de longo

prazo contraíram-se (em -0,7 p.p., fixando-se em 2,3% no final de 2014), enquanto as de curto prazo

desceram a níveis próximos de zero (0,08% em média, em dezembro de 2014). Vd Quadro 2 - PIB e

principais componentes.

Neste enquadramento, a Economia Portuguesa cresceu 0,9% em termos reais, traduzindo uma

inflexão face ao comportamento evidenciado desde 2010, alicerçado na recuperação da procura

interna, em particular do consumo privado e do investimento. Com efeito, registou-se um

crescimento da primeira daquelas componentes em 2,1% (que compara com -1,5% no ano

precedente); por sua vez, a formação bruta de capital fixo aumentou 2,5%. A procura externa

inverteu a evolução do ano precedente, passando a contribuir negativamente para a variação do PIB

(-1,2 p.p.), o que refletiu um abrandamento do ritmo de crescimento das exportações (de 6,4% em

Conta Geral do Estado de 2014 I