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II SÉRIE-A — NÚMERO 12 162______________________________________________________________________________________________________________

Relativamente às alterações climáticas, há que atuar em duas vertentes: na mitigação das

emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e na adaptação a um clima mais instável.

Sendo que, quanto à mitigação do aquecimento global, a UE tem assumido uma posição de

liderança e Portugal tem condições especialmente propícias para estar na vanguarda deste

movimento. Ainda assim, importa ter presente que, por mais que façamos para travar o

efeito de estufa, alguns dos seus efeitos irão sempre fazer-se sentir, provavelmente com

bastante intensidade. Nesta medida, e designadamente tendo em vista a nossa ampla

exposição costeira, temos de nos tornar mais resilientes aos impactos das alterações

climáticas. Será necessário identificar, nos diversos domínios setoriais, quais as mudanças

estruturais e comportamentais a adotar para lidarmos com um clima mais violento e

imprevisível.

Relativamente à biodiversidade, importa promover uma gestão adequada e uma fruição

ampla dos parques naturais, mas não só. A diversidade biológica deve ser apreendida como

um ativo estratégico, inclusivamente passível de valoração económica, mesmo para lá das

áreas protegidas ou dos sítios da Rede Natura 2000. É isso que justifica, por exemplo, a

necessidade de uma ação determinada para a requalificação dos ecossistemas dos rios e

zonas húmidas. Tal iniciativa deverá ser concebida em estreita cooperação com as

autoridades espanholas, no caso dos rios internacionais.

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