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II SÉRIE-A — NÚMERO 12 182______________________________________________________________________________________________________________

As políticas culturais são igualmente críticas para o desafio da inovação. Ao Estado não

compete ser ele próprio criador mas propiciar e garantir as condições para que a criatividade

possa acontecer, para que as estruturas que a acolhem e difundem cumpram o seu papel,

estimulando a curiosidade e promovendo a cidadania. Investir na Cultura significa, por isso,

investir numa sociedade com qualificações elevadas onde fermenta criatividade, que gera obras

e atividades inovadoras, que estabelece e renova padrões exigentes de qualidade, condições

vitais para a competitividade na era atual. Uma população culturalmente enriquecida e

participativa é igualmente campo de recrutamento de trabalho e empreendedorismo

qualificados, meio envolvente de valorização cultural das atividades produtivas, mercado de

referência para bens e serviços de qualidade.

O futuro de Portugal constrói-se também com mais conhecimento e mais cultura

científica. Uma maior democratização no acesso ao conhecimento significa ainda mais

igualdade de oportunidades, mais mobilidade social e um novo estímulo para inovar e

empreeender em Portugal. É, por isso, fundamental aproveitar o capital humano em

que o País já investiu e o património de conhecimento científico construído ao longo

das últimas décadas. Neste sentido, o governo retomará a valorização do

conhecimento científico e tecnológico, devolvendo a confiança às instituições

científicas e de ensino superior, recuperando os nossos cientistas e investigadores

para a produção de conhecimento em Portugal.

Por fim, a regeneração da economia nacional e a retoma de uma trajetória de crescimento

duradouro depende fortemente da capacidade do País explorar o seu potencial de inovação,

mobilizando não apenas os agentes económicos, mas também os centros de produção de

conhecimento e todos os setores que possam contribuir para potenciar sinergias, um

melhor aproveitamento de recursos e o aprofundamento de vantagens competitivas. Esta

estratégia revela-se decisiva para aumentar a produtividade global da economia,

incrementar o peso dos setores emergentes e inovadores, e fomentar a criação de empresas

com capacidade de se internacionalizarem, com impacto positivo no emprego e na balança

comercial. Só assim, através de um modelo de desenvolvimento económico voltado para o

exterior e assente na qualidade e diferenciação da oferta, e não em baixos salários, será

possível melhorar as condições de vida dos portugueses.

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