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27 DE NOVEMBRO DE 2015 183______________________________________________________________________________________________________________

1. LIDERAR A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

A economia portuguesa tem de voltar a crescer. Mas deve fazê-lo seguindo um modelo de

sustentabilidade. Isso implica adotar uma visão integrada da temática ambiental, do desafio

energético e da aposta numa mobilidade eficiente, sempre com um forte cunho de

inovação. Todos estes fatores devem ser trabalhados em conjunto e confluir no sentido de

um desenvolvimento sustentável, que promova o progresso civilizacional, o avanço

tecnológico e a prosperidade económica sem destruir os recursos naturais.

Temos, desde logo, um enorme potencial de produção de energia limpa, a partir de

recursos renováveis, que em grande parte se encontram ainda por explorar: o País é rico

em sol, vento e água. Claro que, no aproveitamento destes recursos, não devemos ignorar

os respetivos custos económicos ou implicações sobre o preço da energia. Mas, ao

contrário do que alguns afirmam, é possível tirar partido do nosso potencial renovável sem

prejudicar a sustentabilidade financeira do sistema energético, nem a competitividade da

economia, sobretudo se passarmos a encarar a energia verde como um produto de

exportação. Com o benefício adicional, também ele económico, de assim reduzirmos a

nossa elevadíssima dependência energética do exterior (que ultrapassa os 70%) e, por esta

via, diminuirmos o endividamento externo.

Igualmente decisiva, para a redução de custos económicos, é uma aposta séria e

consequente na eficiência energética. A energia mais barata é aquela que se poupa.

Devemos, pois, ser capazes de reduzir o peso do consumo de energia final no PIB,

promovendo uma maior eficiência da Administração Pública, das empresas e dos

comportamentos individuais dos cidadãos.

A eficiência na utilização dos recursos passa ainda pela forma como nos deslocamos. Em

especial nas cidades, é preciso, por um lado, incentivar a partilha de meios de transporte e a

utilização de veículos menos poluentes (como os veículos elétricos) e, por outro lado,

tornar o transporte público mais atrativo, favorecendo a intermodalidade e, sempre que

possível, a complementariedade com meios suaves de transporte (como a bicicleta). Deste

modo, será possível reduzir o congestionamento urbano e alcançar uma mobilidade mais

eficiente, proporcionando maior conforto, rapidez e qualidade de vida com um menor

consumo energético. Em síntese, uma mobilidade sustentável.

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