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II SÉRIE-A — NÚMERO 12 184______________________________________________________________________________________________________________

Por todas estas vias, conjugadamente, caminharemos no sentido de uma economia de

baixo carbono. Mas nem por isso uma economia menos pujante: liderar a transição

energética significa criar mais empregos qualificados, produzir mais know-how tecnológico,

gerar mais exportações de valor acrescentado, concretizando em termos efetivos o tão

ansiado desígnio do «crescimento verde».

Afirmar Portugal como fornecedor energético da Europa

Para poder explorar plenamente o seu potencial de produção de energia renovável,

nomeadamente de origem solar, Portugal deve passar a encarar esta energia como um bem

transacionável, numa lógica de exportação. Isto pode ocorrer, até certo ponto, mediante

transferências estatísticas, mas, a partir de determinada escala, será necessário um reforço das

interligações elétricas com a Europa. Desta forma, poderemos rentabilizar o facto de termos o

maior número de horas de exposição solar da UE, afirmando-nos como um fornecedor de

energia limpa para todo o espaço económico europeu. Por outro lado, face à instabilidade

geopolítica recente em torno do conflito ucraniano, o terminal de GNL de Sines poderá vir a

funcionar como porta de entrada de gás natural para o centro da Europa, constituindo assim

uma alternativa relevante ao abastecimento proveniente da Rússia. Para o efeito, será necessário

também investir em gasodutos de ligação com Espanha e desta com o centro da Europa. Neste

âmbito, o governo irá:

• Dar prioridade, nas negociações europeias, à concretização da União Energética,

em especial ao desenvolvimento das redes europeias de energia e ao reforço das

interligações, designadamente entre a Península Ibérica e o resto da Europa;

• Garantir que os corredores definidos para as ligações elétricas transeuropeias

permitam o escoamento para a Europa de energia solar produzida em território

nacional;

• No âmbito do conjunto de projetos incluídos no programa Connecting European

Facility (CEF), promover a interligação da rede de gás natural nos dois sentidos com

Espanha e desenvolver uma rede ibérica de ligação aos portos recetores de GNL,

designadamente Sines, e aos principais centros de consumo;

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