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27 DE NOVEMBRO DE 2015 247______________________________________________________________________________________________________________

Sendo que a identidade nacional é, em primeira instância, europeia, lusófona, ibero-

americana e atlântica, Portugal deve privilegiar nas suas relações externas a participação em

organizações e fóruns bilaterais e multilaterais desses espaços prioritários de atuação: a

União Europeia, a CPLP, os fóruns de diálogo ibérico e ibero-americanos e a OTAN. No

entanto, o País tem interesses específicos e estratégicos noutras geografias e deve potenciar

o facto de ser um país aberto ao mundo, cultivando relações económicas, culturais,

científicas e políticas com todas as regiões e valorizando a participação noutras

organizações internacionais relevantes, como o Conselho da Europa, a OSCE e a OMC.

No plano destas relações multilaterais, Portugal deve ter como traves-mestras da sua

política externa a defesa dos valores democráticos e dos direitos humanos, o combate ao

terrorismo e aos conflitos armados, e a promoção de um desenvolvimento sustentável, em

especial no que respeita à luta contra as alterações climáticas. A sua participação ativa no

sistema das Nações Unidas, através de uma intervenção qualificada nos principais órgãos,

agências especializadas, fundos e programas, é um elemento essencial para a afirmação no

Mundo. É também neste quadro que se devem entender as responsabilidades de Portugal

no quadro da OTAN e o papel das Forças Armadas portuguesas na construção e

manutenção da paz, e na luta contra as ameaças à segurança coletiva e ao bem-estar

comum, nomeadamente os mais recentes desafios das sociedades contemporâneas, aos

quais Portugal não deve descurar: o terrorismo e os fenómenos de extremismo religioso

violento, a cibercriminalidade, as ameaças à segurança marítima, a proliferação de armas

nucleares, químicas e biológicas, o tráfico de seres humanos, as migrações ilegais e a

desproteção de refugiados e requerentes de asilo político.

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