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II SÉRIE-A — NÚMERO 41 14________________________________________________________________________________________________________________

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Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2016

quebra de 1,7% nos países asiáticos. As economias emergentes não registavam uma queda nas

importações desde 2009.

Neste período, assistiu-se a uma melhoria gradual da economia da área do euro, tendo o PIB

registado, em média, um crescimento real de 1,5%, em termos homólogos, até ao 3.º trimes-

tre de 2015 (0,9% em 2014), associado à evolução favorável da procura interna e ao reforço

das exportações. A recuperação da economia da área do euro beneficia dos preços baixos do

petróleo, da depreciação do euro, da melhoria das condições de financiamento (“quantitative

easing” do BCE) e, também, de uma menor restrição orçamental.

Contudo, na sequência da crise financeira internacional e da crise das dívidas soberanas, o

ritmo de recuperação na área do euro tem sido relativamente lento e gradual. Num contexto

de elevado endividamento público e privado, que prevalece em alguns países da zona euro, o

investimento privado não apresenta um crescimento robusto, pelo que a melhoria no mercado

de trabalho é apenas gradual. No conjunto dos 3 primeiros trimestres de 2015, o emprego na

área do euro aumentou, em média, 1,0% em termos homólogos (0,6% no ano de 2014) e o

valor médio da taxa de desemprego na área do euro manteve-se acima de 10% no final de

2015 (11,6%, em média, em 2014).

Em relação aos EUA, o PIB registou um crescimento real de 2,6%, em termos homólogos, no

conjunto dos três primeiros trimestres de 2015 (2,4% em 2014), devido ao reforço da procura

interna, nomeadamente do consumo e investimento privado no segmento da habitação. No

entanto, a produção industrial norte-americana enfraqueceu ao longo de 2015, refletindo a

redução do investimento no sector energético (associado à queda do preço do petróleo) e as

exportações apresentaram uma desaceleração significativa, em linha com a apreciação do

dólar e o enfraquecimento da economia mundial. O mercado de trabalho manteve-se dinâmi-

co, tendo a taxa de desemprego descido para 5,0% em novembro de 2015 (igualando a taxa de

abril de 2008).

A atividade económica do Japão recuperou no conjunto dos três primeiros trimestres de 2015,

tendo o PIB aumentado 0,4% em termos homólogos (-0,1% no ano de 2014). Para tal contribu-

iu a melhoria de algumas componentes da procura interna (investimento privado residencial e

consumo público, apesar do primeiro indicador permanecer em queda) parcialmente compen-

sada pela desaceleração das exportações.

Perspetivas para 2016

A ligeira melhoria do desempenho da economia mundial prevista para 2016 reflete uma me-

lhoria das economias emergentes e, em menor grau, das economias avançadas. Nos países

emergentes e em desenvolvimento, após a desaceleração do crescimento verificada em 2015,

prevê-se uma recuperação, destacando-se a melhoria de algumas economias asiáticas, nome-

adamente da Índia e Indonésia. Contudo, o ritmo de crescimento da economia da China deve-

rá abrandar, prosseguindo o ajustamento e a correção de estrangulamentos estruturais e de

desequilíbrios internos e externos. As economias do Brasil e da Rússia deverão manter-se em

recessão, associada aos efeitos da diminuição do preço do petróleo e de outras matérias-

primas, em acumulação com a persistência de tensões geopolíticas e de questões de política

interna. Nas economias avançadas prevê-se uma melhoria dos EUA, uma estabilização do cres-

cimento da economia europeia e um crescimento ainda reduzido do Japão.