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5 DE FEVEREIRO DE 2016 15______________________________________________________________________________________________________________

5Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2016

Na área do euro, a melhoria gradual da economia para 2016 deverá continuar a ser apoiada

pelo fortalecimento da procura interna, dado que a procura externa deverá ser influenciada

por um crescimento mundial com uma intensidade de comércio baixa. Com efeito, o consumo

privado deverá acelerar, impulsionado pela melhoria do rendimento disponível das famílias

(rendimentos salariais crescentes e crescimento robusto do emprego) e pela manutenção de

baixos custos de financiamento. Igualmente, o investimento residencial e empresarial deverá

ganhar dinamismo ao longo de 2016, apoiado pela melhoria das condições de financiamento e

pela diminuição das necessidades de desalavancagem do sector privado. O prosseguimento da

política monetária do BCE deverá reforçar a concessão de empréstimos às famílias e empresas,

impulsionando um crescimento robusto da procura interna. A tendência ascendente da con-

cessão de empréstimos aos agentes económicos na área do euro iniciou-se em 2015, tendo a

variação dos empréstimos destinados às empresas não financeiras e famílias registado uma

variação positiva a partir de meados do ano (Gráfico I.1.1). As exportações da área do euro

deverão desacelerar em 2016, devendo o contributo da procura externa líquida para o aumen-

to do PIB tornar-se negativo, invertendo a tendência dos últimos anos.

Gráfico I.1.1. Empréstimos ao Sector Privado na Área do Euro (taxa de variação homóloga, em fim de período, em %)

2,0

1,0

0,0

-1,0

-2,0

-3,0

-4,0

Sociedades não financeiras Par ticulares

Fonte: Banco Central Europeu.

Baixo nível dos preços das matérias-primas e do petróleo

Em 2015, de acordo com as previsões do FMI, a taxa de inflação deverá ter-se mantido baixa

para a generalidade das economias avançadas, assumindo um valor próximo de zero (1,4% em

2014), o que contrasta com uma aceleração para 5,5% prevista para o conjunto dos países

emergentes e em desenvolvimento (5,1% em 2014). A taxa de inflação encontra-se particular-

mente elevada na Rússia, Argentina, Brasil e Indonésia. Na área do euro, a taxa de inflação

média diminuiu para 0,0% em 2015 (0,4% em 2014) refletindo, sobretudo, a descida dos pre-

ços de energia que, em média, caíram 6,9% (-1,9%, no ano de 2014). Em 2015, para os EUA e o

Japão, as previsões apontam para uma taxa de inflação de 0,2% e 0,8%, respetivamente, (1,6%

e 2,7% em 2014).

Em 2015, o preço do petróleo Brent apresentou uma forte quebra, tendo diminuído para

54 USD/bbl (48€/bbl), o que compara com 100 USD/bbl (75€/bbl) registados no conjunto de

2014, ano em que atingiu o nível mais baixo desde 2005 (-46%). A evolução do preço do petró-

leo reflete a existência de uma oferta excedentária associada ao abrandamento do comércio

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