O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 41 18________________________________________________________________________________________________________________

8

Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2016

de 2015), uma aceleração de 0,5 p.p. face ao registado em igual período do ano anterior. Este

valor compara com a projeção de 1,6% apresentada no Programa de Estabilidade (PE) divulga-

do em abril de 2015. A desaceleração da atividade económica registada no terceiro trimestre

de 2015 é explicada por uma quebra do contributo positivo da procura interna, nomeadamen-

te do consumo privado e investimento (FBCF), não obstante um contributo mais favorável da

procura externa líquida.

Quadro I.2.1. Despesa Nacional 2014 2015

2013 2014I II III IV I II III I-III1

PIB e Componentes da Despesa (Taxa de crescimento homólogo real, %)

PIB -1.1 0.9 1.0 0.9 1.2 0.6 1.6 1.6 1.4 1.5

Consumo Privado -1.2 2.2 2.3 1.9 2.9 2.0 2.5 3.2 2.3 2.7

Consumo Público -2.0 -0.5 -0.4 -0.3 0.1 -1.3 -0.5 0.6 0.4 0.2

Investimento (FBCF) -5.1 2.8 0.2 4.8 3.5 2.8 8.7 5.3 2.3 5.4

Exportações de Bens e Serviços 7.0 3.9 4.1 2.2 3.8 5.7 7.0 7.3 3.8 6.0

Importações de Bens e Serviços 4.7 7.2 9.9 4.6 6.0 8.5 7.1 12.0 5.1 8.0

Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)

Procura Interna -2.0 2.2 3.2 1.8 2.1 1.7 1.7 3.5 2.0 2.4

Procura Externa Líquida 0.8 -1.3 -2.2 -1.0 -0.9 -1.1 -0.1 -2.0 -0.6 -0.9

Evolução dos Preços

Deflator do PIB 2.3 1.0 1.6 1.1 0.5 0.7 1.2 1.8 2.2 1.7

IPC 0.3 -0.3 -0.1 -0.3 -0.5 -0.1 -0.1 0.7 0.8 0.5

Evolução do Mercado de Trabalho

Emprego -2.9 1.4 1.6 1.6 1.8 0.7 1.5 1.9 0.3 1.2

Taxa de Desemprego (%) 16.2 13.9 15.1 13.9 13.1 13.5 13.7 11.9 11.9 12.5

Produtividade aparente do trabalho 1.8 -0.5 -0.6 -0.7 -0.6 -0.1 0.1 -0.3 1.1 0.2

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB)

Capacidade/Necessidade líquida de f inanciamento face ao exterior 2.3 1.7 -0.5 0.5 4.9 1.8 0.1 -1.8 4.9 1.1

- Saldo da Balança Corrente 0.7 0.3 -1.9 -0.8 3.3 0.3 -0.9 -3.0 4.0 0.0

da qual Saldo da Balança de Bens e Serviços 1.0 0.4 -1.6 0.9 2.6 -0.6 -0.5 -0.1 3.5 1.0

- Saldo da Balança de Capital 1.6 1.4 1.3 1.3 1.6 1.5 1.0 1.3 1.0 1.11 Taxa de variação homóloga registada na soma dos três primeiros trimestres.

Fonte: INE, Contas Nacionais Trimestrais, 3.º trimestre de 2015.

Os primeiros nove meses de 2015 foram marcados pelo crescimento da FBCF, com uma taxa

de crescimento médio de 5,4%, que compara com 2,8% nos nove primeiros meses de 2014.

Este comportamento é explicado pelo aumento do investimento em equipamento de trans-

porte, com um crescimento de 31,9% (18,7% em igual período de 2014), outras máquinas e

equipamento (+6,3%) e também da construção (+4,2%). A dinâmica da componente de outras

máquinas e equipamento reflete a evolução da taxa de utilização da capacidade produtiva na

indústria que, em 2015, fixou-se nos 77,7% (75,6% em 2014), convergindo para a média de

longo prazo.

Também o consumo privado se mostrou robusto, crescendo 2,7% nos primeiros nove meses

de 2015 (2,3% em igual período de 2014). O consumo de bens correntes, que equivale a cerca

de 90% deste agregado, registou uma variação anual de 1,8% (+0,4 p.p. face ao observado

entre janeiro e setembro de 2014), explicado por uma aceleração do consumo de bens alimen-

tares e de bens correntes não alimentares e serviços (+1,1% e 2,7%, respetivamente). Por ou-

tro lado, o consumo de bens duradouros registou um aumento homólogo de 12,8% (-2,3 p.p.

se comparado com igual período de 2014). Esta desaceleração é explicada pelo abrandamento

registado na componente automóvel (-7,7 p.p.), bem como na aquisição de outros bens dura-

douros (-1,5 p.p.).

A aceleração das principais componentes, da procura interna, refletiu-se nas importações, em

especial na importação de bens (8% e 8,7% respetivamente, de janeiro a setembro) compen-

sada, apenas em parte, por um aumento superior das exportações (6%). No final do ano ter-

minado no terceiro trimestre, o peso das exportações nominais no PIB fixou-se nos 40,5%, 13,8