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5 DE FEVEREIRO DE 2016 31______________________________________________________________________________________________________________

21Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2016

uma aceleração do crescimento económico na Alemanha, França e Itália e a manutenção de

um forte crescimento em Espanha e mais moderado no Reino Unido. A Comissão Europeia

prevê também a manutenção de um crescimento das importações da área do euro em 2016,

apesar de registar alguma desaceleração.

Quadro I.3.4. PIB e Importações (variação homóloga real, em %)

PIB Importações

2014 20152014 2015P

2014 20152016P 2014 2015P 2016P

4º T 1º 2º T 3º T 4º T 1º 2º T 3º T

Área do Euro 0,9 0,9 1,3 1,6 1,6 1,6 1,7 4,5 5,0 5,8 5,5 4,9 5,7 5,0

Espanha 1,4 2,1 2,7 3,2 3,4 3,2 2,8 6,4 6,8 7,2 7,0 7,7 7,9 7,4

Alemanha 1,6 1,5 1,1 1,6 1,7 1,7 1,8 3,7 4,2 5,7 5,3 6,1 5,7 5,2

França 0,2 0,1 0,9 1,1 1,2 1,1 1,3 3,8 5,0 6,1 5,7 6,0 5,7 4,9

Itália -0,4 -0,4 0,1 0,6 0,8 0,8 1,4 2,9 3,1 5,2 5,9 5,1 5,3 4,9

Reino Unido 2,9 3,0 2,7 2,4 2,3 2,3 2,1 2,4 2,6 2,3 1,4 6,1 5,7 4,5 Fontes: Eurostat e Institutos de estatística nacional. Previsões p/2015 e 2016, CE, Economic Forecast, fevereiro de 2016.

Este cenário assume a manutenção das taxas de juro de curto prazo num nível baixo, bem co-

mo uma diminuição do preço do petróleo e uma ligeira depreciação do euro face ao dólar

(Quadro I.1.4.).

Quadro I.3.5. Enquadramento Internacional – Principais Hipóteses

Fonte 2012 2013 2014 2015(p) 2016(p)

Crescimento da procura externa relevante (%) MF/BdP 0.5 2.3 5.0 3.9 4.3

Preço do petróleo Brent (US$/bbl) FMI 111.6 108.6 99.5 53.6 42.0

Taxa de juro de curto prazo (média anual, %) (a) CE 0.6 0.2 0.2 0.0 -0.2

Taxa de câmbio do EUR/USD (média anual) CE 1.29 1.33 1.33 1.11 1.09 Nota: (p) previsão; (a) Euribor a três meses.

Fonte: Ministério das Finanças, FMI - World Economic Outlook, Out/15; CE, Economic Forecasts, Nov/15.

Análise de Riscos

As perspetivas de crescimento económico apresentadas na secção anterior estão sujeitas a um conjunto de riscos, que pesam sobretudo no sentido descendente.

No contexto externo, a procura global é um importante risco…

No contexto externo, um dos riscos mais relevantes prende-se com desenvolvimentos menos favoráveis do crescimento global e da procura externa dirigida à economia portuguesa.

Para isto contribuem os receios de um abrandamento mais pronunciado da economia chinesa – que se têm vindo a acentuar nos últimos meses – e de uma correção abrupta dos desequilí-brios existentes, num contexto de transição para um modelo de crescimento com maior enfo-que na procura interna. Apesar do efeito direto nas exportações portuguesas ser reduzido, pela pouca (mas crescente) expressão da China enquanto mercado de destino (1,4% em 2014), o efeito indireto será mais significativo, pela relevância do mercado Chinês para alguns dos nossos principais parceiros comerciais, nomeadamente a Alemanha. Acresce que o agravamento da situação económica em Angola, num cenário de continuada queda do preço do petróleo7, poderá implicar um ajustamento da economia mais severo do que o previsto, com potencial impacto nas exportações portuguesas8.

7 De facto, entre 2011-13 o sector petrolífero em Angola representava, em média, 45% do PIB, 95% das exportações e 80% da receita fiscal (IMF Country Report No. 15/302). Para além do efeito direto no PIB decorrente da queda do preço do petróleo, a redução da oferta de moeda estrangeira decorrente da redução das reservas internacionais implica necessariamente um ajusta-mento do sector da construção, da indústria e dos serviços. 8 Angola representava 6,7% das exportações portuguesas em 2014, valor entretanto reduzido em cerca de 2 p.p. no período janeiro a outubro de 2015.