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II SÉRIE-A — NÚMERO 41 26________________________________________________________________________________________________________________

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Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2016

A partir de 2008 – ano em que as necessidades líquidas de financiamento da economia portu-

guesa atingiram o valor mais elevado desde 1995 (11,4% do PIB) – e particularmente a partir

de 2011, assistiu-se a uma melhoria sustentada do saldo conjunto da balança corrente e de

capital. Após um saldo positivo de 2,3% do PIB em 2013, o mais elevado desde 2000, o saldo

excedentário em 2014 fixou-se nos 1,7%.

Quadro I.2.8. Balança de Pagamentos (% do PIB, ano terminado)

2014 20152013 2014

I II III IV I II III I-III

Balança de Pagamentos (Saldos, M€)

Balança Corrente e de Capital 2.3 1.7 2.1 1.8 2.2 1.7 1.8 1.3 1.3 1.1

Balança de Capital 1.6 1.4 1.6 1.5 1.6 1.4 1.3 1.3 1.2 1.1

Balança Corrente 0.7 0.3 0.5 0.2 0.6 0.3 0.5 -0.1 0.1 0.0

Balança de Bens e Serviços 1.0 0.4 0.7 0.5 0.4 0.4 0.6 0.4 0.6 1.0

Balança de Bens -4.0 -4.6 -4.3 -4.5 -4.6 -4.6 -4.3 -4.6 -4.4 -4.2

Balança de Serviços 5.0 5.0 5.0 5.0 5.1 5.0 5.0 5.0 5.1 5.2

Balança de Rendimentos Primários -1.3 -1.3 -1.4 -1.4 -1.1 -1.3 -1.4 -1.7 -1.7 -2.0

Balança de Rendimentos Secundários 1.1 1.3 1.2 1.1 1.2 1.3 1.3 1.2 1.2 1.0 Fonte: INE.

Durante os primeiros três trimestres de 2015, a capacidade de financiamento da economia

portuguesa ascendeu a perto de 1501 milhões de euros (1,1% do PIB), com a balança corrente

a apresentar um saldo nulo. Será de assinalar o comportamento da balança comercial que, no

mesmo período, apresentou um saldo positivo de 1347 milhões de euros (1% do PIB), mais 428

milhões do que em igual período de 2014. Já as balanças de rendimentos primários e secundá-

rios apresentaram um saldo global de -1292 milhões de euros, uma degradação de 724 mi-

lhões face a igual período do ano precedente. Para esta evolução concorreu sobretudo a de-

gradação das rubricas de participações de capital (via aumento do débito), rendimentos de

investimento de carteira (aumento de débito) e outros rendimentos primários (diminuição do

crédito).

Gráfico I.2.15. Balança Corrente e de Capital Gráfico I.2.16. Ajustamento da Balança (% PIB) Corrente

(diferenças anuais, mil milhões de euros) 15

4.0

103.0

52.0

0

1.0-5

0.0-10

-15 -1.0

-20 -2.0

I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015Bal. Bens Bal. Serviços Bal. Bens Bal. ServiçosBal. Rendimentos Primários Bal. Rendimentos Secundários Bal. Rendimentos Primários Bal. Rendimentos SecundáriosBalança Capital Balança Corrente e de Capital Balança Corrente

Fonte: INE.

Outro indicador relevante para a avaliação da sustentabilidade das responsabilidades financei-

ras externas da economia portuguesa é a posição de investimento internacional líquida. Após

se fixar em -113% do PIB no final de 2014, esta evoluiu favoravelmente durante os primeiros

nove meses de 2015, situando-se agora em -112,3% do PIB. Tanto o crescimento nominal do

PIB como o efeito transação (saldo da balança de pagamentos) contribuíram para a redução do

rácio da PII (contributo de 2,7 p.p. e 1,7 p.p.), sendo posteriormente compensado parcialmen-

te por um efeito de revalorização de ativos e passivos (-3.6 p.p.).

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2014 I

II

III

IV

2015 I

II

III