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II SÉRIE-A — NÚMERO 14 22______________________________________________________________________________________________________________

12Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2017 primeiro semestre do ano ficou marcado por um aumento do investimento do sector privado em 2,2%, valor idêntico ao registado no ano de 2015. Esta dinâmica é consistente com o retratado no Inquérito ao Investimento, divulgado em 8 de julho, que perspetivava um crescimento nominal do investimento empresarial de 6% (uma revisão face à estimativa inicial de 3,1%).

Na primeira metade do ano, o consumo privado manteve um crescimento robusto homólogo de 2% (3% em termos nominais), num contexto de aumento do rendimento disponível real das famílias. O consumo de bens correntes, que representa mais de 90% deste agregado, aumentou 1,3% (1,7% em 2015), resultado de uma desaceleração do consumo de bens correntes não alimentares e serviços (de 1,9% em 2015 para 1,3% na primeira metade de 2016), enquanto o consumo de bens alimentares permaneceu estável em 1,1%. O consumo de bens duradouros registou um crescimento de 9,8%, 2,1 p.p. abaixo do registado em 2015 mas 2,2 p.p. superior ao observado na segunda metade de 2015, refletindo, entre outros, a antecipação da compra de veículos automóveis após alterações de tributação ocorridas com a entrada em vigor do OE para 2016.

As exportações de bens e de serviços cresceram 2,5% nos primeiros seis meses do ano, menos 3,6 p.p. do que em 2015. Esta desaceleração é explicada tanto pela evolução das exportações de bens como de serviços. A desaceleração da procura global teve reflexo na evolução das importações, as quais cresceram 2,9% (8,2% em 2015). Esta desaceleração foi percetível tanto ao nível dos bens (-5,1 p.p.) como dos serviços (com uma quebra de 0,3% no primeiro semestre, que compara com um crescimento de 6,4% em 2015).

Gráfico I.2.1. Contributo para a variação Gráfico I.2.2. Evolução da procura interna, homóloga do PIB exportações e importações

(p.p.) (índice 2005=100, volume) 6.0 170

4.0 160155 159

2.0 150

1400.0

130-2.0 126

120 121-4.0 110-6.0 100-8.0 90 92 93

-10.0 80

Procura Interna Procura Externa Líquida PIB (VH, %) Procura Interna Exportações (Bens e Serviços)Importações (Bens e Serviços)

Fonte: INE. Fonte: INE.

O peso do consumo privado no PIB, medido a preços constantes, continuou a aumentar, situando-se nos 66,9%, um valor próximo do máximo registado em finais de 2010 (67%), apesar de a um nível ainda inferior ao observado nesse mesmo período. Globalmente, estes desenvolvimentos têm sido compatíveis com a progressiva correção do endividamento das famílias, o qual representava no final de março de 2016, 112% do rendimento disponível (112,9% no final de 2015). Também, no ano terminado em junho de 2016, a taxa de poupança das famílias situou-se nos 3,9%, mais 0,1 pp do que no ano terminado em março.

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