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II SÉRIE-A — NÚMERO 14 18______________________________________________________________________________________________________________

8Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2017

termos homólogos (+1,5% no ano de 2015), com destaque para uma quebra de 2,2% para os países asiáticos (+0,1% no ano de 2015). As economias emergentes, nomeadamente asiáticas, não registavam uma queda nas exportações desde 2009.

Na primeira metade de 2016, assistiu-se a um abrandamento do crescimento homólogo na área do euro, 1,7% (2,0% em 2015). Este resultado está associado a uma desaceleração das exportações de 6,1% em 2015 para 2,3% este ano. Também o investimento permaneceu contido neste período, condicionado por um elevado endividamento privado e público e por ainda não se vislumbrar, na sua totalidade, os resultados conseguidos com as reformas dos mercados do produto e do trabalho implementadas nos últimos anos. O emprego aumentou 1,4% (1,1% no ano de 2015) e o valor médio da taxa de desemprego desceu gradualmente para 10,1% em agosto de 2016, regressando à taxa registada em meados de 2011 (10,9%, em média, em 2015).

Os EUA também registaram um crescimento menos intenso, 1,4% no primeiro semestre de 2016 (2,6% em 2015). Este desenvolvimento deveu-se sobretudo ao abrandamento do investimento privado, nomeadamente no segmento da habitação e à deterioração das exportações, as quais caíram 1% em termos homólogos (+0,1% em 2015). O crescimento do consumo privado foi menos expressivo, embora tenha continuado a evoluir favoravelmente (2,5% no primeiro semestre de 2016 e 3,2% no ano de 2015. O mercado de trabalho continuou a melhorar com a taxa de desemprego a cair para 4,9% face a 5,3% em 2015). A produção industrial norte-americana caiu ao longo do primeiro semestre de 2016, refletindo a redução do investimento no sector energético (associado à queda do preço do petróleo).

A atividade económica do Japão manteve um crescimento fraco, 0,5%, no primeiro semestre de 2016. Para esta evolução contribuiu a recuperação do investimento privado residencial e do consumo privado e público, compensando a quebra das exportações (invertendo o crescimento entre 2013 e 2015) influenciada, também, por uma apreciação do iene.

A taxa de inflação para a generalidade das economias avançadas deve aumentar para 0,8% em 2016 (0,3% em 2015), em contraste com a desaceleração prevista para 4,5% para o conjunto dos países emergentes e em desenvolvimento (4,7% em 2015). Na área do euro, a taxa de inflação média manteve-se baixa ao longo de 2016, situando-se em 0,1% em setembro em termos de variação dos últimos 12 meses (0,0% em 2015), refletindo uma descida acentuada de 6,9% dos preços da energia (igual a 2015).

Nos primeiros noves meses de 2016, o preço do petróleo Brent apresentou uma forte quebra, tendo diminuído, em média, para 43 USD/bbl (39€/bbl); o preço mais baixo desde 2005, o que compara com 54 USD/bbl (48€/bbl) registados no conjunto de 2015. A evolução do preço do petróleo reflete a existência

de uma oferta excedentária (devido em parte ao aumento da produção dos países da OPEP, nomeadamente do Irão), uma fraca procura global e a incerteza quanto às perspetivas de crescimento económico mundial. Porém, no período mais recente, assistiu-se a uma trajetória de alguma recuperação.

Também, os preços das matérias-primas não energéticas atenuaram a sua descida, tendo diminuído 6,5% em termos homólogos de janeiro a agosto de 2016 (-17,5% no ano de 2015), devido sobretudo à aceleração dos preços dos produtos alimentares e dos metais.

Perspetivas para 2017

A aceleração do crescimento da economia mundial prevista para 2017 reflete uma melhoria das economias emergentes, dado que o ritmo de crescimento das economias avançadas deverá apenas melhorar ligeiramente.