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14 DE OUTUBRO DE 2016 21______________________________________________________________________________________________________________

Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2017 11

I.2. A Economia Portuguesa em 2016

Na primeira metade de 2016, num contexto de melhoria sustentada do mercado de trabalho e do rendimento disponível das famílias a economia portuguesa registou um crescimento homólogo de 0,9% (1,5% no segundo semestre de 2015), não obstante um crescimento em cadeia de 0,5% (+0,1 p.p. face aos últimos 6 meses de 2015).

Procura

O abrandamento da atividade económica, que se observa desde o final do 2º trimestre de 2015, é explicado por contributo menos positivo da procura interna, nomeadamente do investimento (FBCF), não obstante uma melhoria do contributo da procura externa líquida, penalizada igualmente por uma menor dinâmica das exportações de bens e de serviços.

Quadro I.2.1. Despesa nacional 2015 2016

2014 2015I II III IV I II I-II1

PIB e Componentes da Despesa (Taxa de crescimento homólogo real, %)PIB 0.9 1.6 1.7 1.7 1.6 1.4 0.9 0.9 0.9Consumo Privado 2.3 2.6 2.8 3.4 2.1 1.9 2.5 1.6 2.0Consumo Público -0.5 0.8 -0.2 1.2 1.1 1.3 1.3 0.8 1.1Investimento (FBCF) 2.3 4.5 8.8 5.9 2.1 1.5 -2.5 -2.9 -2.7Exportações de Bens e Serviços 4.3 6.1 7.7 7.6 5.6 3.7 3.3 1.7 2.5Importações de Bens e Serviços 7.8 8.2 7.6 13.0 6.4 6.0 4.7 1.2 2.9

Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)Procura Interna 2.2 2.6 1.8 3.9 2.1 2.4 1.6 0.7 1.2Procura Externa Líquida -1.4 -1.0 -0.1 -2.3 -0.5 -1.1 -0.6 0.2 -0.2

Evolução dos PreçosDeflator do PIB 0.8 2.1 1.4 2.0 2.2 2.9 2.3 1.8 2.0IPC -0.3 0.5 -0.1 0.7 0.8 0.6 0.5 0.5 0.5

Evolução do Mercado de TrabalhoEmprego 1.4 1.4 1.5 1.9 0.3 1.8 1.1 0.8 0.9Taxa de Desemprego (%) 13.9 12.4 13.7 11.9 11.9 12.2 12.4 10.8 11.6Produtividade aparente do trabalho -0.5 0.2 0.2 -0.3 1.3 -0.5 -0.2 0.1 0.0

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB)Capacidade/Necessidade líquida de f inanciamento face ao exterior 1.0 0.9 -0.2 -1.6 4.1 1.2 -0.5 -1.3 -0.9- Saldo da Balança Corrente -0.3 -0.3 -1.2 -2.8 3.3 -0.4 -1.0 -2.0 -1.5 da qual Saldo da Balança de Bens e Serviços 0.2 0.7 -0.4 0.3 3.4 -0.5 -0.3 1.7 0.7- Saldo da Balança de Capital 1.3 1.2 1.0 1.3 0.9 1.6 0.6 0.7 0.61 Taxa de variação homóloga registada no primeiro semestre.

Fonte: INE, Contas Nacionais Trimestrais por sector institucional, 2.º trimestre de 2016.

Na primeira metade de 2016, a formação bruta de capital fixo (FBCF) registou uma contração média de 2,7% em termos homólogos. Este comportamento resulta de uma quebra do investimento em construção (-3,6% nos primeiros seis meses de 2016), fruto das condições climatéricas particularmente adversas e do efeito base ocorrido em 2015 com a conclusão de um conjunto de infraestruturas com impacto relevante na evolução deste agregado. Em menor escala, a quebra do investimento em outras máquinas e equipamentos também contribuiu negativamente, sendo no entanto de destacar uma quebra em cadeia significativamente inferior à observada no último semestre de 2015 (-0,6% e -4,6%, respetivamente), o que poderá concorrer para efeitos de base positivos na segunda metade de 2016. A sua recuperação deverá ainda beneficiar de uma redução da incerteza que marcou o primeiro trimestre de 2016, bem como uma recuperação da taxa de utilização da capacidade produtiva, a qual permanece em torno dos 80%, em valores inferiores aos registados em 2015. Em sentido contrário, o investimento em material de transporte registou um crescimento de 10,3% no primeiro semestre (24,2% em 2015). É também importante destacar que, de acordo com as Contas Nacionais Trimestres por Sector Institucional, o