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II SÉRIE-A — NÚMERO 14 20______________________________________________________________________________________________________________

10 Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2017 O BCE continuou a tomar medidas não convencionais de política monetária (“quantitative easing”). Em março de 2016, o BCE reforçou o programa lançado no início de 2015 de aquisição de ativos, incluindo os programas existentes de compra de dívida titularizada, obrigações colateralizadas e títulos governamentais, de agências e de instituições, totalizando 80 mil milhões de euros de compras mensais no mercado secundário e que se realizarão, pelo menos, até final de março de 2017. Igualmente, a 10 de março de 2016, o Conselho do BCE decidiu reduzir em 5 pontos base as taxas de juro aplicáveis às operações principais de refinanciamento (para 0,00%) e à facilidade permanente de cedência de liquidez (para 0,25%) e em 10 pontos base a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito (para -0,40%), valores historicamente baixos.

Também, até final de setembro de 2016, os Bancos Centrais do Japão (no início do ano) e de Inglaterra (em agosto, após o Brexit) diminuíram as taxas de juro diretoras para -0,10% e 0,25%, respetivamente (inalteradas desde 2008 e 2009, designadamente) acompanhados do alargamento dos programas de estímulos monetários destinados a estimular as economias e a melhorar a transmissão das medidas à economia real.

Nos EUA, após o início da normalização da política monetária em finais de 2015, demonstrando a divergência da orientação entre ambos os lados do Atlântico, não existiu, até setembro de 2016, qualquer alteração das taxas de juro federais (Fed Funds), mantendo-se no intervalo entre 0,25% e 0,50% desde meados de dezembro de 2015. Perspetiva-se uma subida lenta e gradual nos próximos anos devido a uma retoma fraca da economia mundial.

As taxas de juro de curto prazo na área do euro desceram ao longo de 2016, renovando níveis historicamente baixos, com a Euribor a 3 meses a situar-se, em média, em -0,25% no conjunto dos nove primeiros meses (0,0% no ano de 2015). Enquanto isso, nos EUA as taxas de juro de curto prazo prosseguiram o movimento ascendente, tendo a Libor subido para 0,68% (0,31%, em média, no ano de 2015).

Num contexto do aumento da incerteza da recuperação económica, os níveis oficiais das taxas de juro das principais economias avançadas deverão continuar baixos durante um período alargado.

Gráfico I.1.2. Taxas de juro a 3 meses do Gráfico I.1.3. Taxas de câmbio do euro face ao mercado monetário dólar (média mensal, em %) (fim do período)

5,6 1,60

4,6 1,50Área do Euro EUA

3,6 1,40

2,6 1,30

1,6 1,20

0,6 1,10

-0,4 1,00

Fontes: BCE e IGCP. Fonte: Banco de Portugal.

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