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II SÉRIE-A — NÚMERO 134 8

dos desempregados (65,5% em 2014). Para a variação do emprego em 1,1% destacou-se a indústria

transformadora (4,1%) e os serviços (2%). No conjunto, esta evolução refletiu-se numa redução de 0,6% da

população ativa (-1,1% em 2014), com a taxa de atividade a fixar-se nos 58,6%.

O saldo da balança corrente e de capital situou-se em 1,7% do PIB no final de 2015, continuando a beneficiar

de um excedente da balança de bens e serviços num contexto de melhoria dos termos de troca e do contributo

positivo das exportações líquidas do turismo. A melhoria do saldo da balança corrente foi contraposta por uma

ligeira deterioração do saldo da balança de capital.

Em 2015 o défice das AP, na ótica da contabilidade nacional, situou-se nos 4,4% do PIB, menos 2,8 p.p. do

que em 2014. A dívida bruta das AP inverteu a trajetória crescente, atingindo 129,0% do PIB no final do ano, o

que compara com 130,6% em 2014.

Com a saída do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) em junho de 2014, Portugal

passou a estar sujeito ao novo modelo de governação económica da União Europeia (UE), em particular ao

cumprimento dos requisitos para o acompanhamento e avaliação dos projetos de planos orçamentais na área

do euro, no quadro do semestre europeu.

A política orçamental em 2015 teve por base dois cenários macroeconómicos, o inicial apresentado em

outubro de 2014 com o OE 2015 e a sua revisão em abril de 2015, no âmbito do PE 2015/20194, que previam

o crescimento do produto em 1,5% e em 1,6%, respetivamente, assegurado pela aceleração do consumo

privado, do investimento e das exportações, num contexto de recuperação do emprego e de descida da taxa de

desemprego. Ao nível da procura interna, o consumo público era a única variável cuja previsão assentava numa

evolução negativa em resultado da continuidade do ajustamento da despesa pública, a par com as alterações

de política salarial com impacto positivo no deflator.

No quadro seguinte7 apresentam-se as previsões oficiais, a sua comparação com as projeções efetuadas

pelo Banco de Portugal (BdP) e por organismos internacionais de referência (CE, FMI e OCDE), bem como os

valores verificados para a economia portuguesa em 2015.

O gráfico seguinte mostra os desvios verificados entre as previsões macroeconómicas apresentadas e os

resultados obtidos pela economia portuguesa em 2015.8

7 In Parecer sobre a CGE de 2015 do Tribunal de Contas 8 In Parecer sobre a CGE de 2015 do Tribunal de Contas