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13 DE OUTUBRO DE 2017

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Após um crescimento de 2,9% em termos homólogos reais na primeira metade de 2017, estima-se que a

economia portuguesa cresça 2,6% no conjunto do ano, acelerando 1,1 p.p. face a 2016. Esta estimativa

pressupõe uma desaceleração, em termos homólogos, na segunda metade do ano, embora se continue a prever

um crescimento em cadeia positivo. Face ao inicialmente previsto no PE, esta valor traduz uma revisão em alta

de 0,8 p.p..

Esta estimativa é sustentada por um conjunto de hipóteses para o enquadramento da economia portuguesa

e envolvente externa, assim como por diversos indicadores avançados e coincidentes de atividade económica

de diversas instituições nacionais e internacionais, em conjugação com informação relativa à confiança e

expetativas dos diversos agentes económicos.

A procura interna deverá ser o principal motor da atividade económica em 2017, ao registar um contributo de

2,7 p.p., 1 p.p. acima do inicialmente projetado no PE, refletindo sobretudo uma maior dinâmica do investimento

(FBCF) que deverá crescer 7,7%, refletindo, entre outros, o bom desempenho da atividade nos primeiros seis

meses do ano, assim como a crescente confiança dos agentes económicos. O consumo privado deverá também

contribuir para esta aceleração, estimando-se um crescimento de 2,2%. A maior dinâmica da procura interna

deverá traduzir-se numa aceleração das importações para 8%, enquanto as exportações deverão apresentar

um maior crescimento refletindo o elevado desempenho registado na primeira metade do ano (em especial nos

serviços). Assim, espera-se que a capacidade de financiamento da economia atinja os 0,8% do PIB, enquanto

a balança corrente deverá apresentar um saldo marginalmente negativo (-0,1% do PIB).

Quadro I.3.1. Principais indicadores

(Taxa de variação, %)

Legenda: (p) previsão.

Fontes: INE e Ministério das Finanças.

Para 2018 é esperado um crescimento do PIB de 2,2%, desacelerando por via de um menor contributo da

procura interna, enquanto a procura externa líquida deverá apresentar um contributo nulo.

O consumo privado continuará a aumentar, acompanhando as perspetivas para as remunerações e

rendimento disponível real, perspetivando-se uma estabilização da taxa de poupança. O investimento (FBCF)

manter-se-á como a componente mais dinâmica da procura interna, refletindo o dinamismo do investimento

empresarial e do investimento público. O consumo público estará em grande medida associado às dinâmicas

PIB e Componentes da Despesa (Taxa de crescimento homólogo real, %)

PIB 1,8 1,5 2,6 2,2 1,8 1,9

Consumo Privado 2,3 2,1 2,2 1,9 1,6 1,6

Consumo Público 1,3 0,6 -0,2 -0,6 -1,0 -0,8

Investimento (FBCF) 5,8 1,6 7,7 5,9 4,8 5,1

Exportações de Bens e Serviços 6,1 4,1 8,3 5,4 4,5 4,5

Importações de Bens e Serviços 8,5 4,1 8,0 5,2 4,1 4,1

Contributos para o crescimento do PIB (pontos percentuais)

Procura Interna 2,8 1,6 2,7 2,2 1,7 1,8

Procura Externa Líquida -1,1 -0,1 -0,1 0,0 0,1 0,1

Evolução dos Preços

Deflator do PIB 2,0 1,4 1,3 1,4 1,4 1,5

IPC 0,5 0,6 1,2 1,4 1,6 1,7

Evolução do Mercado de Trabalho

Emprego (Contas Nacionais) 1,4 1,6 2,7 0,9 1,3 1,0

Taxa de Desemprego (%) 12,4 11,1 9,2 8,6 9,9 9,3

Produtividade aparente do trabalho 0,4 -0,1 -0,1 1,2 0,5 0,8

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB)

Capacidade/Necessidade líquida de f inanciamento face ao exterior 0,3 1,0 0,8 1,0 1,1 1,5

- Saldo da Balança Corrente -0,9 0,1 -0,1 0,1 0,2 0,5

da qual Saldo da Balança de Bens e Serviços 0,6 0,9 0,9 1,0 1,2 1,4

- Saldo da Balança de Capital 1,2 0,9 0,9 0,9 1,0 1,0

INE OE 2018 PE 2017-2021

2015 2016 2017(e) 2018(p) 2017(e) 2018(p)