O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

UTAO | PARECER TÉCNICO n.º 2/2017 • Análise à Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2018

17

Gráfico 6 – Consumo privado, preços correntes e

preços constantes

(taxa de variação anual, em percentagem)

Gráfico 7 – Taxa de desemprego e evolução do

emprego

Fontes: INE, Ministério das Finanças e cálculos da UTAO. | Nota: Os

valores para 2017 e 2018 da taxa de crescimento do consumo

privado correspondem à estimativa do OE/2018.

Fontes: INE e cálculos da UTAO.

7 A previsão para a taxa de desemprego é de continuação de descida para 9,2% em 2017 e 8,6% em 2018. Em 2018 está prevista uma estabilização da população ativa, de

acordo com o OE/2018. A evolução da taxa de desemprego prevista no cenário do OE/2018

incorpora ainda um aumento do emprego de2,7% em 2016 e de 0,9% em 2017 (Gráfico 7). Apesar

do aumento do emprego, numa tendência iniciada em 2014, o número de trabalhadores

empregados mantém-se significativamente abaixo dos níveis anteriores à recessão económica de

2009. O cenário prevê que a população ativa em 2018 cresça apenas 0,3% em relação ao ano

anterior.

8 Em relação ao investimento, o cenário do OE/2018 prevê um aumento, em termos nominais, de 7,1% em 2018, em resultado de um contributo mais significativo do

investimento por parte do setor público do que do setor privado. De acordo com o OE/2018 o

investimento, em termos nominais, deverá aumentar 9,0% em 2017 e 7,1% em 2018. Enquanto

para 2017 se prevê que o contributo do setor privado seja significativamente superior ao do setor

público, de 7,3 p.p. face a 1,7 p.p., para 2018 a situação inverte-se, sendo o contributo do setor

público (4,2 p.p.) o mais significativo para o crescimento previsto de 7,1%, de acordo com a

projeção. Este contributo elevado do setor público decorre do crescimento previsto para o

investimento público de cerca de 40,4% em 2018, de acordo com o cenário orçamental. Ainda que

seja o investimento privado que mais pesa no investimento do total da economia, para este

projeta-se um aumento apenas 3,2% em 2018, contribuindo com 2,9 p.p. para o crescimento

previsto do investimento em 2018 (Gráfico 8). A concretizar-se o aumento do investimento bruto

previsto no cenário do OE/2018, este passará a ser superior à erosão do stock de capital, passando

o investimento líquido a ser positivo em 2018, o que já não sucede desde 2011 (Gráfico 9).1

1 O investimento medido pela formação bruta de capital (FBC) corresponde à soma da formação bruta de capital fixo (FBCF)

com a variação de existências e aquisições líquidas de cessões de objetos de valor. O investimento líquido corresponde à

diferença entre o investimento bruto e o consumo de capital fixo, também designado por desgaste do capital. Para esta

análise utilizaram-se preços correntes e para o período 2016-2017 admitiu-se que o consumo de capital fixo mantém a

mesma taxa de variação que a observada em 2015.

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Deflator C. privado Consumo privado - p. correntes

Consumo privado - p. constantes

4 000

4 200

4 400

4 600

4 800

5 000

5 200

-10

-5

0

5

10

15

20

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

20

15

20

16

20

17

20

18

Emprego (esc. Direita) Taxa de desemprego

Variação do emprego

2 DE NOVEMBRO DE 2017______________________________________________________________________________________________________________

167