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UTAO | PARECER TÉCNICO n.º 2/2017 • Análise à Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2018

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10 O cenário do OE/2018 incorpora uma variação para o deflator do PIB em 2017 de 1,3%, o que deverá ser, em grande medida, justificado pelo consumo privado. Para 2018 o

cenário prevê uma ligeira aceleração dos preços subjacentes ao PIB para 1,4%. O deflator do

PIB mede o nível de preços na atividade económica de um país.2 Este indicador é de elevada

importância na medida em que afeta a medição do PIB em termos nominais, que é relevante para

o cálculo das variáveis orçamentais. Para 2017 o cenário considera um aumento de 1,3% do

deflator do PIB, em linha com as previsões de outras instituições (Tabela 1) mas representando

uma ligeira revisão em baixa face ao anterior cenário do Ministério das Finanças. No 1.º semestre

de 2017 a variação homóloga do PIB nominal atingiu 3,9%, tendo a variação do PIB em termos

reais sido de 2,9% e a variação homóloga do deflator do PIB 1,0%. Em termos trimestrais, a

variação do PIB real foi de 2,8%, no 1.º trimestre, e 3,0%, no 2.º trimestre. Para a variação do

deflator do PIB do 1.º semestre contribuiu, em larga medida, o aumento dos preços dos bens e

serviços de exportação e de consumo privado e público, mas estes aumentos foram compensados

pelo aumento dos preços das importações que se reflete num contributo negativo para a variação

do deflator (Gráfico 12). Para 2018 o cenário do OE/2018 prevê um aumento do deflator do PIB em

1,4%, em resultado do contributo dos preços do consumo privado e das exportações de bens e

serviços (Gráfico 13). A previsão para o aumento dos preços do consumo privado está em

consonância com a previsão de crescimento dos preços medido pela variação do índice de preços

no consumidor de 1,4%, acelerando face à previsão de 1,2% em 2017. Para a área do euro, em

2018, espera-se um aumento de preços de 1,2%, de acordo com a projeção do BCE. Em relação

aos preços das importações de bens e serviços, o OE/2018 considera um aumento de 1%, o que a

concretizar-se implica uma desaceleração face ao crescimento de 3,9% previstos para 2017.

Gráfico 12 – Deflator do PIB: evolução trimestral

(em pontos percentuais)

Gráfico 13 – Deflator do PIB: contributo das

componentes

(em pontos percentuais)

Fontes: INE e cálculos da UTAO. | Nota: * O valor indicado para

2017 refere-se à projeção do Ministério das Finanças no OE/2018.

Fontes: INE, Ministério das Finanças e Reuters. | Nota: Os valores

para 2017 e 2018 correspondem à estimativa do OE/2018.

2 Note-se que a descida dos preços das importações tem um impacto positivo sobre o deflator do PIB, que apenas mede os

preços da atividade produzida no país.

-4,0

-3,0

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

2015.I 2015.II 2015.III 2015.IV 2016.I 2016.II 2016.III 2016.IV 2017.I 2017.II

Importações Exportações Formação bruta de capital

Consumo público Consumo privado Deflator do PIB

Var. deflator 2015: 2,0 Var. deflator 2016: 1,4 Var. deflator 2017*: 1,4

-4,00

-3,00

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Importações Exportações

FBC Consumo das administrações públicas

Consumo privado Deflator do PIB

2 DE NOVEMBRO DE 2017______________________________________________________________________________________________________________

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