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Tribunal de Contas

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Gráfico A. 5 – Contributos para a variação do PIB (em p.p.) Gráfico A. 6 – Componentes da despesa (t.v. real, em %)

Fonte: INE.

O consumo privado cresceu a um ritmo mais moderado (-0,2 p.p. face a 2015), mantendo-se em linha

com a redução do serviço da dívida das famílias e com a melhoria das condições no mercado de trabalho;

o seu menor dinamismo em 2016 refletiu a desaceleração do consumo de bens duradouros (11,7% face

a 14,8% em 2015). O consumo público também cresceu a um ritmo mais lento (-0,7 p.p. face a 2015)

em resultado da redução do consumo intermédio e das prestações sociais em espécie. O investimento

registou uma queda de 4,2 p.p. por comparação com o ano anterior, em virtude da evolução da

componente de equipamento de transporte (8,4% face a 21,8% em 2015), da construção (-0,3% face a

4,9%) e de outras máquinas e equipamentos (4,3% face a 7,5%).

As exportações e as importações de bens e serviços tiveram uma variação anual negativa em relação a

2015 (-2,0 p.p. e -4,4 p.p., respetivamente). Quanto às exportações, a evolução reflete o comportamento

da componente de bens, que cresceu 4,3%, contra 6,6% em 2015, e da componente de serviços, que

registou uma desaceleração de 1,3 p.p. para 3,4%. A evolução das importações reflete o menor

dinamismo das importações de bens (4,5% que compara com 8,8% em 2015) e de serviços (1,6% após

uma variação de 6,4% em 2015).

Em 2016 a taxa de inflação, medida pela variação do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor

(IHPC), foi de 0,6% (+0,1 p.p. face a 2015) resultante da evolução dos preços dos bens alimentares e

dos serviços (0,0% e 1,5%, respetivamente), destacando-se a variação média anual dos preços dos bens

alimentares não transformados (1,6%). Os bens industriais contribuíram negativamente para a variação

média do IHPC, devido aos preços dos bens energéticos (-1,8%).

A melhoria das condições do mercado de trabalho continuou em 2016, com a taxa de desemprego a

reduzir-se em 1,3 p.p., fixando-se em 11,1% da população ativa, mantendo a trajetória de redução

iniciada em 2013; o desemprego de longa duração sofreu uma ligeira melhoria, ascendendo a 62,1% dos

desempregados (63,5% em 2015). Para a variação do emprego em 1,2% destacaram-se os serviços

(2,7%) e a indústria transformadora (2,6%). No conjunto, esta evolução refletiu-se numa redução de

0,3% da população ativa (-0,6% em 2015), com a taxa de atividade a fixar-se nos 58,5%.

O saldo da balança corrente e de capital situou-se em 1,7% do PIB no final de 2016 (1,3% em 2015),

devido à redução do défice das balanças de bens e de rendimento primário (ambos em 0,3 p.p. do PIB)

e de um aumento do excedente da balança de serviços (em 0,2 p.p. do PIB), associado ao desempenho

do sector do turismo. O excedente da balança de capital diminuiu para 1,0 p.p. do PIB, contra 1,2 p.p.

em 2015, relacionado com a redução das transferências de fundos europeus destinados a investimento.

22 DE DEZEMBRO DE 2017 44