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O cenário macroeconómico para os próximos quatro anos perspetiva-se marcado por um quadro de maior

incerteza: a evolução da economia internacional face aos quatro anos anteriores; o contexto de

abrandamento do crescimento da economia mundial, cuja dimensão e duração é difícil de antecipar; e a

manutenção de um quadro de tensão comercial entre os principais blocos económicos. Do ponto de vista

político, a Europa caracteriza-se por um ciclo que tenderá a ser influenciado por forças que não são

favoráveis ao aprofundamento da integração europeia.

Todos estes fatores de incerteza tendem a induzir um abrandamento do crescimento do PIB na

generalidade das economias.

No cenário central, o crescimento do PIB em Portugal deverá atingir o valor de 1,9% em 2019 e aumentar

para 2,2% em 2023.

A continuação de políticas públicas e de um ambiente económico nacional favoráveis ao investimento e

inovação, à qualificação dos recursos humanos e à melhoria da competitividade externa permitem

ambicionar prolongar o período de convergência de Portugal com a União Europeia. Esta dinâmica

continuará a permitir um comportamento positivo do mercado de trabalho, com o crescimento da taxa de

emprego e a valorização dos salários reais, fatores que, por sua vez, ajudarão a garantir um equilíbrio desse

mesmo processo de convergência.

Mais e melhor emprego continuarão a ser, pois, dimensões prioritárias dos objetivos de política económica.

No quadro orçamental, a principal condicionante continuará a ser o nível ainda elevado da dívida pública

que Portugal apresenta e que acarreta um elevado pagamento de juros, mesmo com as taxas em níveis

historicamente baixos. O caminho da consolidação orçamental responsável e da redução da dívida pública

deve prosseguir, permitindo a estabilidade de rendimentos e a manutenção da confiança na economia

portuguesa.

O caminho traçado para os próximos quatro anos deverá permitir reduzir a dívida pública para próximo

dos 100% do PIB no final da legislatura. Este é o primeiro objetivo a reter: a dívida pública desce

para próximo dos 100% do PIB no final da legislatura que agora se inicia.

A concretização deste objetivo permitirá que Portugal adquira a margem de adaptação necessária para que

possa enfrentar o futuro com maior confiança e estabilidade e deixar de estar tão exposto às vicissitudes

dos mercados financeiros internacionais, que sobrecarregam o país com juros e instabilidade e

comprometem o seu potencial de crescimento económico.

O caminho traçado para os próximos quatro anos exige a manutenção de um saldo primário de cerca de

3% do PIB. Este é o segundo objetivo a reter: o saldo primário deve manter-se perto dos 3% do

PIB.

26 DE OUTUBRO DE 2019______________________________________________________________________________________________________________

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