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II SÉRIE-A — NÚMERO 133

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4 – As autoridades setoriais definem internamente canais e procedimentos fiáveis, seguros e eficazes que

assegurem a receção, execução, transmissão e prioritização atempada dos pedidos de cooperação, com

respeito pelas salvaguardas a que se refere o artigo 134.º.

5 – As autoridades setoriais devem ainda, a requerimento de autoridade estrangeira que lhes preste

cooperação e sempre que possível, assegurar um atempado retorno de informação a essas autoridades sobre

a utilização e a utilidade da cooperação prestada, designadamente no que se refere aos resultados das

análises ou outras diligências efetuadas com base na informação facultada.

Artigo 130.º

Deveres especiais de cooperação

1 – As autoridades setoriais e as ordens profissionais cooperam especialmente, no âmbito dos seus

respetivos poderes, com as autoridades homólogas dos outros Estados-Membros que constem de registo

público mantido pela Comissão Europeia.

2 – Quando entidade obrigada estabelecida em Portugal não tenha sede no território nacional, as

autoridades setoriais cooperam especialmente com as autoridades competentes do Estado-Membro da União

Europeia em que a entidade obrigada tenha sede, com vista a assegurar a supervisão efetiva do cumprimento

dos requisitos da presente lei e dos normativos equivalentes do Estado-Membro de origem.

3 – No exercício dos seus poderes sancionatórios, as autoridades competentes cooperam estreitamente

para garantir que as sanções e medidas aplicadas produzem os efeitos desejados e coordenam a sua atuação

quando estejam em causa infrações de natureza transfronteiriça.

Artigo 131.º

Instrumentos de cooperação

1 – As autoridades setoriais devem celebrar os protocolos ou memorandos de entendimento, de natureza

bilateral ou multilateral, que se mostrem necessários a suprir eventuais constrangimentos e condições

restritivas, tais como as previstas no artigo 133.º, que impeçam o pleno cumprimento do dever de colaboração

numa base de reciprocidade.

2 – A Comissão de Coordenação assiste as autoridades setoriais:

a)Na identificação das autoridades estrangeiras com quem devam ser celebrados protocolos de

cooperação;

b) A requerimento desta, no estabelecimento dos contactos necessários à negociação e celebração de tais

protocolos em tempo útil.

Artigo 132.º

Cooperação entre autoridades não congéneres

1 – As autoridades setoriais podem satisfazer pedidos de cooperação provenientes de autoridades

estrangeiras que não sejam suas congéneres, desde que:

a) O contrário não resulte dos tratados, convenções, acordos e regimes específicos de cooperação

aplicáveis;

b) A autoridade estrangeira requerente, bem como o objetivo e os fundamentos do pedido de cooperação,

sejam claramente identificáveis;

c) A autoridade nacional que seja congénere da autoridade estrangeira requerente tenha conhecimento do

pedido e não manifeste a sua oposição;

d) Seja observado o disposto na presente divisão, designadamente as garantias de reciprocidade e as

salvaguardas aqui previstas.