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6 DE ABRIL DE 2021

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para justificar atrasos e privatizações). Por fim, num momento em que a descarbonização e as alterações climáticas são erguidas em prioridade

nacional para justificar o desvio de milhares de milhões de euros para as multinacionais, deveria ser incontornável que o desenvolvimento dos transportes públicos e do transporte ferroviário pesado é uma componente essencial de qualquer política que dê efetiva prioridade à melhoria do meio ambiente. Ora, essa prioridade, para não se transformar em mais um pesadelo financeiro pela dependência externa absoluta, exige que o país aumente a sua capacidade produtiva de material circulante.

É nesse sentido que o PCP identifica claramente a necessidade de um conjunto de investimentos no material circulante ferroviário, que permitam:

• substituir toda a atual frota quando atinja o seu limite operacional; • dar resposta ao necessário aumento da oferta e • dar resposta aos investimentos concretizados, em concretização, projetados e a projetar na infraestrutura. Como se pode ver mais detalhadamente nos quadros seguintes e nos anexos, o país necessita de substituir

praticamente toda a sua frota nos próximos 15 anos. Mesmo levando até ao fim os concursos que decorrem atualmente, para 22 unidades para o regional da CP e 14 unidades para o Metro de Lisboa, não ficam satisfeitas sequer as necessidades de curto prazo, muito menos as necessidades a 15 anos.

Só para substituir a atual frota, nos próximos cinco a quinze anos, é necessário adquirir:

Material a substituirA 5 anosA 15 anos (total)

Unidades triplas ou quadruplas para os urbanos 61 163

Unidades duplas ou triplas para o regional 29 98

Locomotivas 51

Carruagens 45

Alfa 9

Metro Porto 72 102

Metro Lisboa 111 Sublinhe-se que estes números são no essencial para substituir a atual frota. Algumas das unidades podem

ainda sofrer uma última grande reparação (atualmente não prevista), e assim estender a sua vida útil mais 10 anos, mas nem tal é já possível na maioria do material nem o País pode continuar a adiar problemas como se os estivesse a resolver. Depois há que planificar a resposta ao necessário aumento da oferta (recordemos os problemas com que o sistema estava antes da pandemia) e ao pleno aproveitamento dos investimentos na modernização da infraestrutura. Isso coloca ainda novas necessidades: veja-se, mais uma vez, nos anexos e no quadro seguinte:

Necessidades acrescidas de material circulantePróximos 15 anos

Unidades Triplas ou Quadruplas para os Urbanos 48

Unidades Duplas ou Triplas para o Regional 15

Locomotivas 10

Carruagens 50

Alfa 12

Internacional 4

Metro Porto 28

Metro Lisboa 18