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II SÉRIE-B — NÚMERO 110

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superfície do solo. x) Património arbóreo – arvoredo constituído por:

i. árvores existentes em espaços verdes, arruamentos, praças e logradouros públicos ou terrenos municipais;

ii. árvores com regime especial de proteção, mesmo que em espaços privados; iii. árvores situadas à margem das estradas nacionais, mesmo que fora das áreas urbanas.

y) Perenifólia – árvore de espécie que mantém a sua copa revestida de folhas durante todo o ciclo anual – substituindo-as gradualmente – também conhecida por «de folha perene» ou «persistente».

z) Pernada – ramo estrutural ou primário, inserido no tronco e que fornece sustentação à copa. aa) Poda – cortes feitos seletivamente na árvore (atarraques sobre gomos, atarraques sobre ramos laterais

e desramações) com objetivos técnicos específicos previamente definidos.

i. Poda em porte condicionado – intervenção em árvores implantadas em espaços confinados, como são tipicamente as dos arruamentos nos centros urbanos, em que o seu crescimento é condicionado regularmente, através de reduções de copa, para poderem coabitar com os equipamentos urbanos envolventes. Como estas podas afetam geralmente uma parte significativa da área fotossintética da árvore, deverão obrigatoriamente ser realizadas no seu repouso vegetativo.

ii. Poda em porte natural – intervenção em árvores implantadas em espaços amplos, como são tipicamente as dos jardins, parques e avenidas largas, conduzindo-as sem as reduzir nem alterar a forma típica da espécie, sendo apenas limpas e «arejadas» (para aumentar a permeabilidade ao vento e a resistência a tempestades), bem como submetidas a um «levantamento» gradual da copa, para resolver eventuais conflitos dos ramos mais baixos com o trânsito rodoviário ou pedonal. Como estas podas afetam uma parte pouco significativa área fotossintética da árvore, podem perfeitamente – até com vantagens, nomeadamente pela melhor visualização dos ramos mortos e doentes a eliminar e pelo mais rápido recobrimento/compartimentação das feridas de corte – ser realizadas depois do abrolhamento primaveril.

bb) Rebento epicórmico – rebento proveniente de um gomo ou gema dormente no caule, que – quando a

dormência é quebrada pelo desaparecimento dos gomos sequenciais superiores (por corte ou morte dos ramos portadores – dá origem a um ramo de substituição vigoroso e superficialmente ancorado no caule.

cc) Recobrimento de feridas – Processo em que os tecidos produzidos pelo câmbio líbero-lenhoso das margens de uma ferida formam um anel de «cicatrização», o qual vai cobrindo progressivamente a madeira exposta até, potencialmente, fechar a lesão, num período de tempo que depende da dimensão e localização da ferida e da vitalidade da árvore.

dd) Repouso vegetativo – período de redução drástica da atividade das plantas, o qual, nas espécies adaptadas ao nosso clima, ocorre geralmente no inverno, quando as árvores caducifólias estão sem folhagem.

ee) Revestimento de caldeira – cobertura da caldeira à volta da árvore com material orgânico (designadamente, folhas secas ou cascas de madeira) ou inorgânico permeável (designadamente, cascalho solto, pedras de rios, pedras decorativas ou vidro reciclado).

ff) Rolagem – redução drástica da árvore, através do corte de ramos de grande calibre, deixando-a reduzida ao tronco e pernadas estruturais.

gg) Ruga – zona que mostra externamente onde os tecidos de um ramo se encontram com os tecidos do seu ramo-mãe.

hh) Sistema radicular – conjunto de órgãos subterrâneos responsáveis pela fixação da planta ao solo e pela realização da absorção de água e minerais; projeta-se à superfície do solo numa extensão que ultrapassa a área de projeção da copa das árvores.

ii) Transplante – transferência de uma árvore de um lugar para outro. jj) Tutor – peça, geralmente de madeira tratada, implantada na caldeira para conter a oscilação da árvore

após a plantação, evitando a sua quebra pela ação do vento.