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II SÉRIE-A — NÚMERO 158

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alojamento (na maior parte das vezes em modalidade de turismo de habitação ou alojamento local) e com

dinamização das atividades de lazer associadas, em particular no período estival

Noutro plano, a zona industrial de Cortes representa um polo relevante de atividade económica sendo

composta por doze lotes, com uma área total de 53 277,14 m2.

Património

No que respeita a património classificado, aponta-se desde logo o antigo Pelourinho de Alvares, que é imóvel

de interesse público, classificado pelo Decreto-Lei n.º 23122, de 11 de outubro de 1933. O Pelourinho de Alvares

apresenta fuste formado por uma coluna monolítica, com cerca de dois metros de altura, de forma circular, em

pedra de Ançã. Estaria, originalmente, localizado em frente à câmara municipal, mas, com as recorrentes

evoluções da vila e sucessiva reorganização das ruas, o pelourinho foi, ao longo dos tempos, colocado em

diferentes locais.

Igualmente classificado como imóvel de interesse público pelo Decreto n.º 67/97, de 31 dezembro 1997, é a

denominada Pedra Letreira, um monumento de arte rupestre composto por uma plataforma de xisto rebaixada,

disposta horizontalmente, na superfície da qual foram esculpidas diversas gravuras, com um machado de pedra

polida, através da técnica de abrasão. Neste conjunto, parecem figurar, entre outras representações, um arco e

flecha, motivos reticulados, pontas de seta e alabardas e ainda figuras antropomórficas. Datada da Idade do

Bronze, a Pedra Letreira insere-se num vasto conjunto de vestígios da arte rupestre em Portugal. Apresenta

semelhanças técnicas com alguns exemplares da mesma época, como a Pedra Escrita de Ridevides, em

Alfândega da Fé, as insculturas do Poço da Moura, em Vila Flor, ou ainda os petróglifos de Puerto del Gamo,

na região de Cáceres, em Espanha. Associada à Pedra Letreira existe uma quadra popular que faz parte da

memória oral:

Em frente à Pedra Letreira

Há três minas em carreira:

Uma de ouro, outra de prata

E outra de peste que mata!

No que respeita a espaços museológicos, destacam-se o Núcleo Museológico da Casa do Ferreiro, antiga

casa que serviu de palheiro e forja onde exerceu profissão o último ferreiro de Alvares, o Museu Paroquial de

Arte Sacra Padre Ramiro Moreira, integrando peças de arte sacra adquiridas através de uma recolha exaustiva

por toda a freguesia de Alvares, ora em capelas, ora em casas particulares, e ainda o Núcleo Museológico da

Ribeira do Sinhel, inserido na Casa de Convívio da Roda Cimeira, propriedade da Sociedade de Melhoramentos

da povoação, espaço dedicado à história e tradições de Roda Cimeira.

No que respeita ao património edificado, assinala-se ainda o peso significativo da arquitetura religiosa das

várias povoações do território. Neste domínio, merece em primeiro lugar destaque a Igreja Matriz da Paróquia

de Alvares, que tem por orago São Mateus. O templo remonta ao Século XVII, situando-se quase no cimo da

povoação. É um edifício amplo e simples, que mantém o altar-mor original e apresenta gravada, na sua porta

principal, em arco, a data de 1616.

Da arquitetura original, em estilo filipino, já sobrevive: nos anos 60 do Século XX ocorreram grandes

alterações deste espaço religioso, com a retirada dos altares a São José e São Sebastião, em talha dourada,

que estariam posicionados nas laterais, das janelas em pedra, de grés rosado claro (substituídas por janelas

largas de cimento), e da porta lateral, em arco, que estaria decorada, mas acabou por ser substituída também

nessa época. O último grande restauro da igreja foi em 1982.

Adicionalmente, em Alvares e no território, são ainda merecedores de referência as várias capelas afetas ao

culto, muitas com caráter secular e/ou objeto de restauro ao longo do Século XX, em grande parte devido ao

trabalho das comissões de melhoramentos. Identificam-se, por localidade e com indicação do orago:

• Capela de Algares (Nossa Senhora da Conceição e de São Paulo), do início da década de 1970;

• Capela de Alvares (São Sebastião), referida em documento de 1721, terá sido reedificada em 1804, data

que nela surge gravada;