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II SÉRIE-A — NÚMERO 185

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de lazer da Poça Nova, bem como avistar espécies da fauna (aves de rapina que por ali sobrevoam, serão o

maior destaque) e da flora. Gualtar conserva vestígios de duas importantes vias de comunicação do período da

ocupação romana, que ligavam Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga) – Geira ou Via XVIII, do

Itinerário Antonino – e Aquae Flaviae (Chaves) – Via XVII. A primeira atravessava a freguesia a norte e a

segunda a sul do território de Gualtar. Um dos pontos, também, a descobrir é o Campus de Gualtar (as

bibliotecas, os amplos espaços verdes), polo de maior dimensão da Universidade do Minho. Bem próximo desta,

encontra-se o Planetário – Centro de Ciência Viva. Um espaço onde se promove a divulgação da ciência e

tecnologia e que disponibiliza, desde 2010, um planetário, totalmente digital e imersivo. Em 2016 integrou a

Rede de Centros Ciência Viva e constitui um espaço para todas as idades.

3. Património cultural

Para além da Igreja Velha ou Igreja Matriz, datada do século XI, existem, em Gualtar, inúmeros edifícios,

verdadeiro património edificado, que ficam para contar a história e o forte traço cultural desta terra. As Casas

Senhoriais, do século XVII, como a Casa da Pia, Casa da Crespa na Quinta de Santo António e a Casa e Capela

da Quinta do Pomar, são exemplos dessa vida de outrora. Nesta última, a Quinta do Pomar, contém, então, uma

capela erguida em honra de Nossa Senhora do Desterro. De referir ainda o notável conjunto habitacional do

Novaínho. Também, no domínio do património, se destacam as alminhas e o cruzeiro, em Gualtar: o cruzeiro

paroquial diante da velha Igreja e as duas alminhas, as que se encontram junto à antiga escola primária,

dedicadas a S. Miguel Arcanjo, e outras, encrustadas na parede da Casa da Quinta da Igreja, dedicadas à

Senhora do Carmo.

Do património edificado de Gualtar importa, ainda, não esquecer, pela riqueza que o são: as Sete Fontes,

classificadas, justa e legitimamente, como Monumento Nacional, em 2011. O complexo das Sete Fontes fica

situado nas freguesias de Gualtar e S. Victor. Esta obra única de engenharia hidráulica é datada do Século XVII

e tem, para além de um valor histórico, um estimável valor arquitetónico e ambiental. Sabe-se que já existiam

captações de água neste local na era romana e que estas águas abasteceram a cidade de Braga desde o

princípio do Século XVII até ao Século XXI.

4. Festas e romarias

No que às festividades e eventos de maior realce diz respeito, festeja-se em Gualtar, a 2 e 3 de fevereiro de

cada ano, a Romaria a S. Brás, organizada pela respetiva Irmandade, que tem por base a Igreja a este santo,

um património gualtarense que data do Século XI. A 29 de setembro, assinala-se o dia do padroeiro de Gualtar,

S. Miguel, onde lhe são associadas as colheitas, tão típicas desta altura do ano. Uma romaria que, a exemplo

do que acontece um pouco por todo o Minho, associa a vertente religiosa à profana. É também nesta data que

Gualtar assinala com brilho e fervor o Dia da Freguesia.

5. Atividades económicas

Atualmente, Gualtar é forte, essencialmente, no comércio e serviços, com alguma menor relevância na

indústria. De seguida enumeram-se, por setor, alguns exemplos dessa atividade económica:

I. Setor primário – embora não com a mesma expressão de outrora, existe, como exemplo mais

representativo, a Quinta da Cova da Raposa, uma quinta com produção vinícola e atividade pecuária. Esta quinta

caracteriza-se por exercer uma agricultura biológica e biodinâmica, onde só são usadas práticas que não afetam

o ambiente. A Quinta da Cova da Raposa disponibiliza uma gama de produtos certificados e de elevada

qualidade – vinhos, frutas, legumes, mel, compotas artesanais, plantas aromáticas e medicinais, condimentos,

tisanas e aloé.

II. Setor secundário – as indústrias têm-se afirmado em Gualtar em várias áreas e produções. A Gráfica e

Jornal Diário do Minho é um exemplo a destacar, que se instalou em Gualtar para poder dar corpo à sua