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12 DE OUTUBRO DE 1990

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c) A produção total média é de 153 000 hl, dos quais 84% é elaboarada por seis adegas cooperativas existentes e 16% por viticultores privados.

2 — Pelo Decreto-Lei n.° 349/88, de 30 de Setembro, foram aprovados os estatutos de conjunto das zonas vitivinícolas de Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos e Vidigueira, com vista à produção e comercialização de VQPRD (vinhos de qualidade produzidos numa região determinada) considerados IPR (indicação de proveniência regulamentada), durante cinco anos, data a partir da qual poderão obter a DOC (denominação de origem controlada).

3 — A produção vinícola alentejana foi, em 1989, de cerca de 56 434 hl, de VQPRD (2,3 % do total de VQPRD) e 360 411 hl de vinhos de mesa (6,6% do total de vinhos de mesa).

4 — Sendo uma região de baixa produção, os seus vinhos são elaborados e o preço praticado no mercado interno é superior ao praticado nas restantes regiões demarcadas de longa data (Dão, Bairrada, Douro, Verdes, etc.)

5 — 0 mercado interno absorve mais de 80% da produção alentejana.

6 — Pelos motivos atrás referidos, não tem havido por parte dos produtores grande interesse numa viragem para os mercados externos; por outro lado, a capacidade de resposta nas exportações de grandes volumes é morosa e limitada.

Campanhas de promoção nos mercados externos

1 — Desde 1982 que têm vindo a fazer-se campanhas promocionais genéricas nos mercados prioritários (Estados Unidos da América, Reino Unido, Canadá, Dinamarca, Brasil, Bélgica, Holanda, Espanha), visando sempre regiões demarcadas e defendendo sempre uma imagem de qualidade.

2 — O Instituto do Comércio Externo de Portugal, mesmo antes da demarcação atrás referida, tem fomentado a exportação dos vinhos do Alentejo ao longo dos anos.

3 — Em 1987, convidou-se um eminente enólogo francês, o engenheiro Pierre Raffour, infelizmente já falecido, para apoiar e aconselhar os produtores do Alentejo a obterem melhores produtos através de técnicas de vinificação mais aperfeiçoadas.

4 — Têm sido levadas a efeito provas técnicas nos seguintes mercados:

Reino Unido; Brasil; Dinamarca; Bélgica.

Como interlocutor para a selecção rigorosa dos vinhos, contacta-se a ATE VA (Associação Técnica dos Viticultores Alentejana), sendo as despesas com transporte e o desalfandegamento imputadas ao Instituto do Comércio Externo de Portugal.

Têm-se organizado visitas de jornalistas da especialidade às diferentes zonas vitícolas alentejanas, empresas e cooperativas do sector.

Assim, para fortificar todo o esforço que tem sido desenvolvido pelo Instituto do Comércio Externo de Portugal, através das suas delegações, para um melhor

conhecimento dos vinhos alentejanos junto do trade e líderes de opinião — mais tarde atacar-se-á o consumidor —, poderá ser estabelecido um protocolo de colaboração entre o Instituto do Comércio Externo de Portugal e o organismo interprofissional local (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana) para a promoção dos vinhos das zonas vitícolas alentejanas.

Mas, para que os esforços surtam efeito, é necessário que os produtores e ou exportadores se consciencializem para o facto de que os mercados externos são crescentemente concorrenciais e sofisticados. Há que abordá-los com elevado grau de profissionalismo em todos os níveis: produto, embalagem, condições de transporte, escolha dos circuitos de distribuição, promoção e capacidade de resposta.

Há que ponderar, com extrema prudência, a futura política de preços relativamente a cada mercado e para cada tipo de vinho.

Mercados há em que o factor preço/qualidade é determinante, quaisquer que sejam os motivos que justifiquem a sua flutuação para alta, fora dos limites do razoável.

Poderemos correr o risco de o consumidor estrangeiro de vinhos portugueses canalizar a sua procura para outros produtos —búlgaros, californianos e australianos —, que invadem já os mercados tradicionais para os nossos vinhos, a preços muito competitivos.

No esforço para a conquista e alargamento dos mercados é, sem dúvida, importante o papel dos organismos oficiais no desenvolvimento da promoção genérica, mas será decisivo o trabalho das empresas exportadoras, sem o qual o nosso não tem razão de ser.

A colocação do vinho português com um nível de preços simultaneamente prestigiante e competitivo será decisiva no seu futuro.

Por fim, resta-nos acrescentar que até à data tem havido sempre a melhor colaboração entre o Instituto do Comércio Externo de Portugal e o organismo interlocutor — ATEVA— em tudo o que se refere à penetração dos vinhos do Alentejo nos mercados externos, com as dificuldades inerentes à morosidade na capacidade de resposta dos interessados.

Não existe uma falta de política comercial junto dos mercados externos por parte de algumas empresas exportadoras, mas, sim, uma agressividade comercial.

A Técnica, Olinda Teixeira de Barros.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PESCAS E ALIMENTAÇÃO

GABINETE DO MINISTRO

Assunto: Resposta ao requerimento n.° 824/V (3.a)--AC, dos deputados Lino de Carvalho e Joaquim Teixeira (PCP), sobre apoio à olaria de São Pedro do Corval, Reguengos de Monsaraz.

Relativamente ao assunto versado no requerimento referido em epígrafe, encarrega-me S. Ex.a o Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação de informar o seguinte:

1 — Desde o final da década de 60, quando a administração da Herdade da Revüheira pertencia ainda à Junta de Colonização Interna, que os oleiros de São