O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

7 DE ABRIL DE 1994

109

rv

Do Relatório

1 — Como anteriormente se refere, o signatário serviu--se muito, para a elaboração do presente relatório, dos contactos com a direcção da Federação Portuguesa de Columbofilia, membros de associações distritais, colum-bófilos, visitas a pombais, assistência a largadas e concursos, em particular no concelho de Almada e em outros do distrito de Setúbal, mas também da consulta de revistas da modalidade, nomeadamente Mundo Columbófilo, Mensageiro Columbófilo e Asas de Ouro.

2 — Mas o presente relatório espelha ainda documentos da autoria do Prof. Doutor Rodrigues Branco, Dr. José Francisco Coxo, Srs. Artur Gomes, Victor Sismeiro, Auri-célio de Matos, D. M. e Jorge Cristão, que se transcrevem no todo ou em parte.

V

A columbofilia — Um desporto nacional com raízes

1 — A columbofilia ocupa um lugar de grande destaque no panorama desportivo português, sendo hoje, pelos dados disponíveis, a segunda modalidade mais praticada. Apenas o futebol com um número de praticantes superior a 80 000 ultrapassa a columbofilia com os seus 16 000 praticantes, seguindo-se o andebol com 15 000 filiados, o basquetebol com cerca de 10 000 e o atletismo, patinagem, pesca desportiva, voleibol, ginástica e natação com menos de 10 000 cada.

O lugar da vice-liderança conquistado pela columbofilia deve-se, segundo os entendidos, à especificidade deste desporto, com a sua raiz popular e cariz familiar e ao, de alguma forma, aproximar o homem da natureza.

2 — A columbofilia é um desporto com implantação nacional, com adeptos em todos os escalões etários e sociais. Portugal tem um palmarés desportivo de grande valor, sendo de destacar os êxitos ultimamente alcançados de vice-campeão olímpico, campeão ibérico e campeão ibero-latino-americano e os títulos individuais de campeão do mundo, campeão ibérico e campeão ibero-latino--americano.

A columbofilia portuguesa é assim reconhecida como uma grande potência mundial.

3 — A columbofilia tem praticantes em todo o território nacional e organiza-se através de um estrutura em pirâmide. O órgão de topo é a Federação Portuguesa de Columbofilia, agrupando 13 associações distritais, que, por sua vez, são a expressão de 700 clubes com mais de 16 000 associados (sendo 15 443 os praticantes em 1992). A população columbina recenseada é estimada em 2 500 000 pombos.

4 — O movimento associativo columbófilo está implantado por todo o País, embora mais concentrado no litoral.

Em 1991 estavam registados na Federação 697 clubes, número este já ultrapassado no presente. A grande maioria dos clubes tem como principal objectivo a prática de columbofilia, mas também existem muitas colectividades de cultura e recreio que dispõem na sua estrutura de secções autónomas dedicadas ao pombo-correio.

5 — As associações distritais, em número de 13, têm uma área de jurisdição superior ao dos distritos mas com

0 incremento assinalável que a columbofilia vem registando, novas associações estão em formação pelo que a breve prazo o «Distrito Desportivo» tenderá a coincidir com o «Distrito Geo-Administrativo».

A nível distrital, são os distritos do Porto, Aveiro e Lisboa que concentram o maior número de columbófilos, com respectivamente cerca de 3500, 2500 e 2000, sendo ainda de destacar os distritos de Santarém, Braga, Setúbal, Faro, Évora, Coimbra, Leiria e Viana do Castelo.

6 — A Federação Portuguesa de Columbofilia foi fundada em 5 de Novembro de 1945 e orgulha-se de ser uma componente importante de um movimento associativo forte, vivo e actuante.

A Federação Portuguesa está integrada na Federação Columbófila Internacional, onde tem desempenhado um papel relevante e muito apreciado internacionalmente. Neste contexto é de destacar o protagonismo em grandes manifestações sócio-desportivas, nomeadamente na organização das Olimpíadas de 1985, campeonatos ibéricos e o I Campeonato Ibero-Latino-Americano, e ainda provado pela qualidade dos juízes classificadores sempre nomeados para participar em todas as olimpíadas.

Em 1992, Portugal organizou o I Congresso e o

1 Campeonato Ibero-Latino-Americano com a presença de columbófilos espanhóis, mexicanos, venezuelanos, colombianos, peruanos, brasileiros, romenos e portugueses.

Em Fevereiro de 1993, a Federação apresentou junto da Federação Columbófila Internacional a candidatura para a realização em Portugal das Olimpíadas de 1997.

Além destas iniciativas importa ainda assinalar os programas «A columbofilia nas escolas», «Férias desportivas» e ainda acções de formação de base, especializada e contínua; as acções para dirigentes desportivos; juízes, delegados de soltas e ainda acções veterinárias.

No programa «A columbofilia nas escolas» aparece com particular impacte a instalação de pombais em estabelecimentos de ensino. Ao proporcionar uma acção de ligação efectiva entre professores, funcionários, alunos e pais, unidos pelo gosto e respeito ao pombo-correio, contribui para o necessário enlace dos agentes educativos e para um clima mais fraterno na comunidade escolar. Hoje, além de pombais em escolas e em lares de idosos é significativa a existência, a partir de Outubro de 1993, de um pombal na Associação de Reabilitação de Toxicodependência Ser, instalada em Castro Verde.

7 — Paralelamente ao fenómeno desportivo, há que reconhecer o relevante papel desenvolvido pela columbofilia na sociedade portuguesa, em particular no desenvolvimento social e cultural dos seus praticantes, nomeadamente nas acções desportivas e de ligação e respeito à natureza.

VI

Do pombo-correio

1 — A história dessa simpática ave, símbolo da paz e amizade, que é o pombo-correio, não é suficientemente conhecida pelo comum do cidadão mas que é sem dúvida de uma grande riqueza.

2 — E da autoria do Prof. Doutor Rodrigues Branco um documento sobre a «História do Pombo-Correio» divi-dindo-a em dois períodos: o primeiro desde a antiguidade até 1880 e o segundo desde 1880 até à actualidade.