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6 | II Série B - Número: 051 | 15 de Janeiro de 2009

Encontrada a forma de explorar ainda mais os trabalhadores, a PT Comunicações cria, em finais de 2007, a «Academia PT».
Esta «academia», qual fábrica de produzir estagiários, assumiu a necessidade de contratar cerca de 200 estagiários por ano. Assim estes trabalhadores fazem um estágio, trabalhando durante 12 meses.
Durante este período estes jovens trabalhadores competem entre si, na esperança de ficarem efectivos nos quadros desta empresa. Esta entidade patronal usa e abusa destes trabalhadores, exigindo 10 a 12 horas de trabalho diário, sem qualquer compensação remuneratória.
Dos estagiários de 2007, alguns saíram por iniciativa própria, dado o grau de exploração, outros foram contratados a termo. Findo esse contrato a prazo, muitos destes trabalhadores não viram os seus contratos renovados.
Durante o ano de 2008 esta mesma «Academia PT» contratou 140 estagiários.
Estes receberam uma formação inicial de 22 dias úteis e os restantes 11 meses realizam operações de manutenção e instalação na rede de infra-estruturas de PTC.
Importa salientar que, de acordo com informações recebidas pelo Grupo Parlamentar do PCP, estes trabalhadores realizam estas tarefas, que normalmente são desempenhadas por trabalhadores permanentes, durante o segundo mês de estágio, acompanhados, mas os restantes 10 meses ficam totalmente sozinhos.
Assim, a PT Comunicações tem, através deste sistema, constantemente, mais de uma centena de trabalhadores, supostamente em estágio, a quem são exigidos níveis elevadíssimos de produtividade e que são brutalmente explorados, uma vez que estes trabalhadores não têm