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35 | II Série B - Número: 093 | 28 de Março de 2009

Nacional Republicana quanto ao ingresso nessa nova unidade. Assim, foi posto em causa o princípio da legalidade, sendo a GNR uma instituição que sempre pautou pela antiguidade e classificação dos seus militares para fins de colocação e transferência, é de todo incompreensível quais terão sido os critérios de colocação e transferência dos elementos que agora incorporam a dita unidade, estando desta forma em causa até que ponto será legal a forma como foi feita a selecção dos elementos para a UNT.
Tal situação é de todo insustentável e inadmissível por parte de cada um dos profissionais da BT, uma vez que sempre foram profissionais dedicados e competentes no desempenho das suas funções, tendo sido completamente desrespeitados, desprezados, desaproveitados e ignorados, tanto pelo poder político, como pelos comandos da Guarda Nacional Republicana.
Quanto ao ponto 5 e 6, a sociedade civil em geral responsabiliza, desde já, todas as instituições responsáveis pela extinção da BT, no que se refere ao aumento dos números de sinistralidade rodoviária com feridos e mortos que tendem a recomeçar a aumentar. Responsabilizam também essas entidades pela falta de segurança e prevenção rodoviária que os cidadãos automobilizados das principais vias rodoviárias do País estão habituados e vão passar a sentir, uma vez que os elementos da extinta BT estão completamente desmotivados no seu serviço e parece existir um interesse no interior da GNR, em querer causar um conflito interno entre os militares do trânsito, sendo que tudo isso se irá reflectir transversalmente a todos os cidadãos no que toca à sua segurança nas estradas de Portugal.
Quanto ao ponto 7, o cidadão ao deixar de visionar o elemento da BT no terreno com as características que o identificavam e pelas quais era reconhecido o seu profissionalismo e competência, e as viaturas ao deixarem de ostentar as insígnias características do trânsito, o cidadão irá deixar de demonstrar o respeito ganho com tanto esforço e dedicação, uma vez que o automobilista irá olhar para esse elemento policial como mais um, e não como um especialista de matéria rodoviária. Assim será o fim de um nome e de uma marca de imensurável prestígio e respeito por parte da sociedade em geral, que com tanto sacrifício e dedicação e muitas vezes com a própria vida se conseguiu obter nestes últimos 38 anos de existência da BT.
Quanto ao ponto 8, com a colocação dos elementos da BT sobre a alçada dos comandos territoriais, não tenhamos ilusões, porque, mais tarde ou mais cedo, esses elementos começaram a ser desviados para desempenharem outro tipo de funções para as quais não possuem qualquer tipo de formação ou conhecimento, acabando por completo com a sua especialização.
Com o fim de uma unidade altamente técnica, que possuía uma permanente evolução no sentido de estar sempre aperfeiçoada e dotada de conhecimentos de vanguarda quanto à sua missão, irá desaparecer, bem como os homens altamente qualificados em trânsito e que tanto prestígio deram à GNR e ao próprio País.
Por último, teremos de salientar e referir que nos dias que correm e com a globalização, é facilmente constatável que a arma mais poderosa no que consta a matar e a deixar permanentemente incapazes, um sem número de homens e mulheres em todo o mundo é sem dúvida alguma, o veículo automóvel.
Desta forma, e como cada vez mais os automobilistas exercem uma condução agressiva, desrespeitando por completo a vida humana tanto deles próprios como de terceiros, utilizando inúmeros artefactos para contornarem as regras rodoviárias e como a maioria das pessoas que circulam nas principais vias rodoviárias, são pessoas de padrões quer académicos quer educacionais elevados, será de extrema necessidade que os órgãos policiais que lidam e fiscalizam esse tipo de classe de cidadãos possuam uma formação e conhecimento técnico em conformidade com os padrões exigidos pela sociedade actual, tanto na firmeza para com aqueles que prevaricam, como nas relações interpessoais que tem de possuir para conseguirem lidar com os elevados padrões educacionais de certos automobilistas.
Sendo que esses padrões técnicos e formação adequada só poderão ser cumpridos por elementos especializados e que façam parte de uma unidade com capacidade e especialização nesse campo, como era o caso da BT.
Em forma de resumo, podemos afirmar que cada elemento da extinta BT «Brigadeiro», optou sempre pela paixão em vez da progressão.
Em virtude dessa escolha, a grande maioria dos «Brigadeiros» foram altamente prejudicados em relação aos restantes elementos da GNR, uma vez que o «Brigadeiro» sabia, que se fosse promovido com toda a certeza seria mandado embora da sua querida Brigada de Trânsito, optando dessa forma a não progredir na sua carreira e vendo os seus colegas do mesmo curso da GNR a progredirem, para não ter de sair da Unidade que o fez ingressar na GNR, este optou pela paixão em vez da progressão.