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27 | II Série B - Número: 194 | 22 de Agosto de 2009

Näo sendo uma doença que mate, a psoríase é, no entanto, uma doença incapacitante.
Os doentes de psoríase sentem-se excluídos peia sociedade, o que conduz a inevitáveis implicações psicológicas, em alguns casos graves.
Mais, o Presidente da Direcção da PSOPortugal - Associação Portuguesa de Psoríase - Dr.
João Cunha - numa reunião com o Grupo Parlamentar do PSD afirmou que a Associação estima que a psoríase é uma doença que afectará cerca de 250 000 portugueses e será a terceira patologia com índice mais elevado de suicídio, o que é verdadeiramente preocupante! A PSOPortugal afirma que «a psoríase é uma doença vivida pelos doentes e tratada pelos médicos como crónica, mas como não é reconhecida como tal pelo SNS, os doentes não têm os mesmos direitos que outros doentes portadores de doenças crónicas. Os doentes de psoríase não têm, por exemplo, direito a comparticipações de auxiliares terapêuticos indispensáveis ao seu tratamento. Os medicamentos tópicos, usados pela larga maioria dos doentes, só têm direito a uma comparticipação de 37%, enquanto nas doenças crónicas, reconhecidas pelo SNS, a comparticipação é de 100%».
A mesma Associação afirma que os tratamentos podem chegar aos €3000 por ano.
Muitos doentes estão a deixar de fazer os tratamentos por falta de capacidade financeira, provocando um agravamento da doença que, por sua vez, leva os médicos a terem de recorrer aos medicamentos biológicos, comparticipados a 100% pelo Estado e com um custo mensal de €1500, ao longo de, pelo menos, 9 meses por ano, o que dando total crédito a Associação em questão, implica um elevado e em alguns casos desnecessário custo para o erário público.
Segundo o seu Presidente, a PSOPortugal é constantemente confrontada com relatos de interrupção forçada dos tratamentos devido à incapacidade financeira para suportar a terapêutica tópica. Na verdade, sobretudo nos tempos que correm, de grave crise, os casos tendem a multiplicar-se.
O Presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia - Professor Manuel Marques Gomes - afirma que a interrupção dos tratamentos tópicos tem como consequência que «esses doentes que não cumprem o tratamento evoluem na doença e vão depois gastar balúrdios {ao Estado) com os biológicos», o que corrobora e confirma as afirmações e as preocupações da PSOPortugal.
De facto, quando a psoríase atinge o estado grave, muitos doentes terão de fazer tratamentos com medicação biológica que, em conformidade com o