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chegamos ao ponto de poder constatar que a proposta de Relatório Final é um exercício

pouco sério de manipulação grosseira dos factos apurados nos trabalhos da Comissão de

Inquérito.

Constatamos, ainda, que o Deputado Relator se deixou dominar pelasideias pré-

concebidasque sempre teve a propósito da tentativa de compra da TVI pela PT, facto que

decorre de, publicamente e antes do início dos trabalhos desta Comissão, ter afirmado sua

convicção de que o Primeiro-Ministro tinha conhecimento do negócio, contrariando as

afirmações feitas no Parlamento.

Ao invésde reconhecera total ausência de provas que permitissem sustentar as

acusações dirigidas contra o Primeiro-Ministro e o Governo, e ao revés todas as evidências

de que a tentativa de negócio PT/TVI não teve quaisquer motivações ou interferências

políticas, o Deputado Relator preferiu produzir um relatório político que despreza a

verdade apurada pela Comissão e que não dignifica, em nada, a Assembleia da República,

no sentido em que optou por ignorar totalmente, nas suas Conclusões, tudo o que a

Comissão apurou em sentido contrário (incluindo factos que são absolutamente

elementares na construção do negócio).

No Relatório, vai-se ao ponto de:

omitir todas as informações que confirmaram que o negócio se inscrevia nos

interesses estratégicos empresariais há muito definidos pela própria PT;

omitir que a primeira iniciativa do negócio partiu de um contacto da PRISA, através

de Manuel Polanco, junto do Presidente da Comissão Executiva da PT, Zeinal Bava;

omitir que o Presidente da Comissão Executiva assumiu diante da CPI a autoria da

ideia de procurar concretizar o negócio proposto;

omitir que todos os intervenientes no negócio (PT, PRISA e Media Capital) negaram

peremptoriamente qualquer interferência do Governo;

8 DE JULHO DE 2010______________________________________________________________________________________________________________

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