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O verdadeiro problema do relatório e das suas conclusões reside no

facto de os Partidos Requerentes terem partido para os trabalhos

da CPI com uma tese formulada e absolutamente definitiva: que o

Governo tinha intervindo e que o Primeiro-Ministro tinha mentido.

Ora, essa predisposição inquinou as conclusões, da mesma forma

que havia inquinado os trabalhos. Aquelas, porque não são mais do

que representações fantasiosas da realidade; estes últimos, porque

muitas das diligências realizadas e dos depoentes arrolados se

destinavam a confirmar através de sugestões e juízos de

plausibilidade e verosimilhança, as conclusões prévia e

precipitadamente retiradas. Quer o PSD, quer o Bloco de Esquerda,

optaram pela estratégia de mediatização impertinente dos mais

diversos juízos de valor sobre a actuação do Governo e do Primeiro-

Ministro, negligenciando em absoluto o esforço de trazer para o

processo os factos que pudessem com utilidade e eficiência

contribuir para o inquérito e para o apuramento da verdade.

Vivemos ao longo dos últimos anos um processo que, tendo agora

culminado com as conclusões da CPI que repudio, se iniciou há

muito com sucessivas denúncias da indução por parte do Governo

de um clima de suposta asfixia democrática e que foi passando por

acusações de controle de órgãos de comunicação social e

manipulação de informação.

Concluímos pois, com este relatório, um processo de julgamento

político a que não faltou nenhum ingrediente.

8 DE JULHO DE 2010______________________________________________________________________________________________________________

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