O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
REQUERIMENTO
Número / ( .ª)
PERGUNTA
Número / ( .ª)
Publique - se
Expeça - se
O Secretário da Mesa
Assunto:
Destinatário:
Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República
Após a conclusão das obras de modernização e electrificação da Linha da Beira Baixa até à
Covilhã, as viagens entre Lisboa e Covilhã passaram a ser em comboios intercidades, com
grandes vantagens na redução do tempo de viagem e no conforto dos utentes. Estes
investimentos permitiram melhorar as acessibilidades entre Lisboa e a Beira Baixa.
No entanto, foi com surpresa que tivemos conhecimento que desde meados de Novembro, ou
seja, cerca de dois meses após o termo da electrificação desta linha, a CP substitui o comboio
intercidades por uma automotora (unidade tripla eléctrica-UTE) para ligar Lisboa à Covilhã.
Trata-se de automotoras dos anos 70, "recauchutadas" em modernizações que não garantiram
condições adequadas a viagens de longo curso. Questões de conforto não estão asseguradas,
quer ao nível dos bancos, quer ao nível da sonoridade, mas também não estão salvaguardados
os aspectos relativos ao tempo de viagem. Hoje leva-se mais 15 a 20 minutos, se não se
registarem atrasos, isto porque a automotora atinge uma velocidade máxima de 120 Km/hora,
abaixo dos 160 Km/hora atingidos pelo comboio intercidades. Importa ainda referir que as
automotoras têm capacidade para 186 passageiros, enquanto o intercidades tinha capacidade
para 192 passageiros.
A CP “vende gato por lebre”, afirmando que o actual serviço entre Lisboa e Covilhã, por
automotora assegura as condições adequadas às características da viagem, quando na verdade
não o garante, e cobra um bilhete de serviço intercidades, quando realmente presta um serviço
regional.
A introdução das automotoras na linha da Beira Baixa constitui um retrocesso no transporte
público ferroviário. Em vez de contribuir para o desenvolvimento, prejudica a região e as
populações. Depois dos grandes investimentos na linha da Beira Baixa, para modernizar,
melhorar as acessibilidades e encurtar os tempos de viagem, deita-se fora esse investimento, e
coloca-se a circular unidades desactualizadas.
Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo, que por
X 1261 XII 1
2011-11-23
Jorge
Machado
(Assinatur
a)
Digitally signed by
Jorge Machado
(Assinatura)
Date: 2011.11.28
12:28:31 +00:00
Reason:
Location:
Substituição do comboio intercidades por automotora na Linha da Beira Baixa, entre
Lisboa e Covilhã
Ministério da Economia e do Emprego
II SÉRIE-B — NÚMERO 93
___________________________________________________________________________________________________________
24


Consultar Diário Original