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-É fundamental dar a conhecer aos cidadãos Portugueses residentes na Madeira e nos Açores a
dinâmicas sociais, políticas e económicas das sociedades locais, dando ainda a conhecer aos
Portugueses residentes no continente e em outras partes do globo as
tais dinâmicas, o que constitui, também, uma forma de preservação da coesão nacional, ao que
se deve acrescentar a constituição de janelas para oportunidades de trabalho, de negócios e de
cooperação entre todos os cidadãos nacionais;
O que fazer, agora que as verbas escasseiam?
Na primeira parte deste documento, aflorou-se uma realidade nos parece da maior relevância
aprofundar:
- Vinte por cento dos emigrantes Portugueses em todo o mundo são Madeirenses, ou seja, se
Portugal tem cerca de 5 milhões de cidadãos divididos por todos os continentes, um milhão são
Madeirenses ou descendentes de Madeirenses.
Existem destinos de emigração nos quais a maioria dos cidadãos nacionais é originário da
Madeira e do Porto Santo. O maior desses exemplos é o da Venezuela, sendo a África do Sul
outra referência.
Pode Portugal abdicar de comunicar para 20% da sua comunidade emigrante? Pelo contrário.
Se hoje, o Governo central pretende transformar a RTP Internacional num canal de exportação e
não apenas de projeção, a RTP-M e a RTP-A podem, e devem, assumir um papel relevante
naquele que é um projeto de interesse nacional.
A RTP-M, tal como a RTP-A, podem ser montras de empresas, de serviços e de bens,
comunicado para um “target” perfeitamente definido no qual o grau de penetração já é elevado,
ou seja, num projeto de consolidação da RTP-M, da RDP-M e das suas congéneres dos Açores,
o grau de penetração nas respectivas comunidades emigrantes deve ser um factor de
ponderação elevado, não só no que respeita à sua manutenção sob tutela do Estado central,
mas também no que respeita à produção de conteúdos e ao financiamento.
Os centros de produção regional deverão, assim, ser considerados um investimento e não uma
despesa. Tal premissa não é seguida quando, como agora acontece, há um corte em cerca de
50% para a grelha de conteúdos, corte esse que, na prática, asfixia os dois canais, impedindoos ajudar numa missão que tal como foi assumido pelo Governo central, é nacional.
Temos assim um cenário que é aparentemente contraditório, porque se por um lado é feito um
claro desinvestimento na grelha de programação dos canais regionais, por outro o Estado
entende que a RTP Internacional deve ser um veículo de exportação, custeando produtoras
privadas para desenvolver conteúdos que poderiam, perfeitamente, ser desenvolvidos nas
regiões, desde que a importância estratégica dos centros de produção regional fosse assumida.
Entendo que as razões financeiras levam a que o Governo da República repense as suas
prioridades de investimento. Mas é também uma contradição querer fazer uma reformulação no
quadro de pessoal da RTP-M e da RDP-M sem atender à necessidade da modernização e de
atualização tecnológica do Centro de Produção Regional da RTP.
6 DE MARÇO DE 2013
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