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A evidência de quanto teria sido importante ter criado condições para uma

intervenção que tivesse permitido ter tido acesso, em tempo útil, à

realidade do BES e dos atos da sua gestão, é hoje uma realidade.

Mas se esta questão se colocou em 2012, quando da capitalização dos

principais bancos do sistema financeiro português, não é menos verdade

que veio de novo a ser colocada em 2014, no período que precedeu à

resolução, já com a administração do BES liderada por Vítor Bento.

Ficou evidente face aos depoimentos prestados perante a CPIPRNBIFR que

a administração liderada por Vítor Bento tinha a convicção que, apesar do

seu projeto visar encontrar uma solução de capitalização privada, estaria

disponível e suscetível de ser considerada a possibilidade de capitalização

pública.

Sobre esta matéria são notórias as divergências de entendimento ou de

perceção dos diferentes intervenientes.

Vítor Bento e José Honório são claros a dizer que Carlos Costa lhes teria

assegurado que estava disponível uma linha de capitalização pública, caso

se viesse a mostrar necessário.

Por outro lado, Carlos Costa refere que esta linha existia. É um facto. Mas

que a decisão sobre esta matéria não era competência do BdP, mas sim do

Governo. Logo, o acionamento do processo de acesso à referida linha teria

de ser desencadeado junto do Ministério das Finanças.

Maria Luís Albuquerque, Ministra das Finanças admite que a linha existia,

mas que para ser acionada teria de ser a administração do BES a requerê-

lo, o que nunca o fez.

Segue-se a transcrição de depoimentos dos referidos intervenientes que

evidenciam estas contradições.

Na audição o Dr. Vítor Bento afirma “… O que lhe posso dizer é que, quando

aceitei ir para o BES, quando aceitei o desafio do BES, o que me foi dito,

II SÉRIE-B — NÚMERO 8 ______________________________________________________________________________________________________

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